CAPÍTULO 32

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  Suna começa a andar de um lado para o outro, depois para e encara Emir de novo, então ela quebra o silêncio.
- Olha aqui Emir, nunca mais faça isso comigo. - Depois de respirar fundo para recuperar o fôlego, Suna continua. - Nunca mais me desrespeite na frente dos funcionários, acho que você esqueceu que eu sou a acionista majoritária desta empresa. - Ao pausar por alguns segundos, Suna questiona Emir. - Como você acha que as pessoas vão me encarar depois do seu show? - Suna pergunta com os olhos vermelhos e com muita raiva.
- Me desculpe, mas eu fiquei com muita raiva quando ouvi você rindo com aquele idiota. - Emir se justifica sem conseguir olhar Suna nos olhos.
- Ou você controla esse seu ciúmes ou apartir de hoje eu te tratarei aqui na empresa, como um funcionário como todos os outros. - O coração de Emir ficou muito pesado com as palavras dela. - Você me entendeu Emir? - Suna pergunta empurrando o peito dele, apesar de Suna empurrar com força Emir nem se move.
- Eu... - Emir hesitou por alguns segundos e continuou. - Eu sinto muito, mas eu não suporto ver você sorri para outro homem. - Emir diz tentando justificar sua atitude possessiva.
- Vamos dar um ponto final neste assunto. - Suna encerra a conversa e reúne os arquivos que estão em sua mesa. - Precisamos ir à reunião com os parceiros do projeto, já está quase na hora. - Ela fecha os olhos por alguns segundos para organizar seus pensamentos. - Temos que saber o que aconteceu. - Suna diz, pega a bolsa e vai em direção a porta.
- Dalma vou precisar sair, talvez eu não volte mais hoje, se tiver algo que eu precise saber me ligue. - Suna comunica sua saída a Dalma e vai em direção ao elevador seguida por Emir.
  Durante o trajeto para a reunião, Suna ficou em silêncio. Emir dirigia todo o caminho dividindo sua atenção entre ela e a estrada. Na reunião eles descobriram que alguém substituiu o projeto físico que Suna já tinha separado na sexta-feira para enviar. Emir conseguiu contornar a situação, mas ele desconfiava do Sr Mustafá, porém não disse nada a Suna. O mal entendido foi resolvido, com a experiência de Emir e seu poder de persuasão com os parceiros, uma nova data para a execução do projeto foi marcada. Enquanto eles desciam os vinte andares do prédio no elevador, Emir observava Suna, imaginando o que estava passando por sua mente. Suna estava mergulhada em seus pensamentos. Estava sendo difícil para ela lhe dar com toda aquela responsabilidade. O comportamento possessivo de Emir a deixou muito preocupada. Suna estava ciente que existiam relacionamentos abusivos, mas ela não ia admitir que o dela com Emir fosse desta forma. Ao chegar no estacionamento, enquanto eles caminhavam em direção ao carro, Emir resolve quebrar o silêncio entre eles.
- Quer jantar fora, depois te deixo em casa? - Emir pergunta com o semblante de arrependido.
- Não, só quero ir para casa. - Suna responde secamente.
- Eu já me desculpei, você ainda está chateada comigo? - Emir pergunta parando em frente a Suna impedindo o caminho dela.
- Emir, hoje foi um dia cheio, cansativo e eu estou com muita dor de cabeça. - Suna respira fundo tentando controlar suas emoções. - Então por favor, vamos deixar para falar sobre nós em outro momento. - Suna ainda zangada, dispensa jantar com Emir.
  Emir não diz nada e segue com ela para o carro. O caminho de volta para a mansão Valoglu, foi em completo silêncio. Emir pensava e até abria a boca para dizer algo, mas não tinha coragem, porque dava para perceber o quanto ela estava zangada. Eles chegaram em frente à mansão Varoglu, Suna abriu a porta do carro e saiu, já de costas para ele, Suna ouviu as palavras dele cheias de arrependimento.
- Você está tão zangada que não vai se despedir de mim? - Emir pergunta com um aperto no coração.
- Boa noite Emir. - Suna se despede sem olhar para ele, sai do carro vai andando até a porta da mansão sem olhar para trás.
  Emir continuou sentado no carro parado, avaliando a burrada que fez quando agiu sem pensar. Ele percebeu que Suna, apesar de jovem, ela é muito decidida, com isso ele vai ter que controlar o seu ciúmes. Suna entra em casa, com o semblante triste, cansado e vai direto para seu quarto. Sra Zehra está na sala vendo TV e Hande no celular, elas se olham e vão atrás de Suna.
- Filha, você está bem? - Sra Zehra pergunta entrando no quarto.
Suna está encostada na janela do seu quarto, olhando para o carro de Emir ainda parado em frente à mansão.
- Nós brigamos. - Suna responde sem desviar os olhos do carro de Emir.
- Mas por que mana, vocês estavam tão bem, o que houve? - Hande pergunta chegando ao lado dela. - Ali é ele no carro? - Hande pergunta com ar de riso.
- Ele está lá fora? - Sra Zehra pergunta chegando na frente da janela também.
- Temos pouco tempo de namoro e ele se comporta como se fosse meu dono. - Suna soltou um suspiro pesado. - Eu não quero isso para minha vida, não serei dominada por homem nenhum. - Seu tom era firme, suas intenções eram claras. - Se ele gosta mesmo de mim, ele vai me entender. - Suna conclui deixando as lágrimas caírem.
- Suna, você disse isso a ele? - Sra Zehra pergunta acariciando os cabelos da filha e conduzindo ela para se sentar na cama.
- Não exatamente, mãe. - Suna funga e continua. - Eu me senti tão humilhada que não quis mais falar nada com ele. - Suna responde secando as lágrimas com as costas das mãos.
- Parece que ele está arrependido, porque ele continua ali parado. - Hande fala olhando pela janela. - Olha ele está saindo do carro. - Hande fala se inclinando para ver melhor.
- Eu acho que ele não vai embora até vocês se entenderem. - Sra Zehra aperta levemente as mãos de Suna e pergunta. - Por que não vai lá fora falar com ele? - Sra Zehra pergunta tentando encorajar Suna.
- Eu acho que não precisa porque ele está vindo. - Hande fala e Sra Zehra e Suna correm para a janela de novo.
- Agora você vai ter que descer para falar com ele, resolve logo essa situação. - Sra Zehra aconselha a filha.
  Emir toca a campainha, Sra Zehra e Hande ficam no primeiro andar para dar privacidade para os dois. Suna desce para recebê-lo e manda ele entrar. Os dois sentam no sofá e ficam se encarando sem conseguir dizer uma palavra. Suna está chateada, Emir com raiva de se mesmo por ter feito ela passar vergonha. Emir sem dar uma palavra levanta e se senta ao lado de Suna e a abraça com força. Eles ficam abraçados em silêncio, só ouvindo as batidas dos seus corações.

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