Minha Doce Viúva

CAPÍTULO 16

  Suna no caminho para a empresa, dentro do carro, ela verifica várias vezes sua maquiagem, seu cabelo e sua roupa. Encontrar Emir a deixa muito ansiosa, apesar de não ter chance pelo fato de Emir já estar noivo, mesmo assim seu coração bate descompassadamente quando o vê.    
  Quando está próximo da empresa ela resolveu passar na cafeteria. Suna se sentou na mesma mesa que ficou na última vez com Emir, ela respira fundo e liga para ele. Na casa de Hakan, o celular de Emir toca, na tela aparece o nome de Suna, ele fica olhando para a tela do celular sem reação.
- Você não vai atender? - Hakan pergunta sem entender a relutância de Emir.
- É ela!! - Emir exclama, levanta e anda de um lado para o outro olhando para a tela do celular.
- Então atende cara!! - Hakan incentiva Emir.
- Certo, vou atender, alô, Suna!? - Emir respira fundo e atende o celular fazendo sinal para Hakan ficar em silêncio.
- " Oi... É... Bom dia, eu... Preciso de sua ajuda. - Suna pausou por alguns segundos. - Será que podemos conversar? Eu estou na cafeteria, você já está na empresa?" - Suna pergunta receosa.
- Não, eu estou distante, pode ser a tarde? - Emir pergunta coçando a cabeça confuso.
- Então, podemos almoçar juntos? - Suna pergunta e soltou um suspiro de alívio. - Preciso da sua ajuda, mas tenho que falar com você antes. - Suna avisa tentando ser o mais natural possível.
- Tudo bem, nos encontramos no restaurante as 12 horas, até mais tarde Suna. - Emir confirma o encontro e desliga o celular.
   Emir prefere marcar a tarde, porque não quer encontrar Suna com o rosto de quem passou a noite bebendo. Muito menos com a roupa amarrotada e de ressaca. Não passaria uma boa impressão da imagem dele naquele momento, então ele resolve ir em casa se recompor, ficar apresentável para encontrar Suna.
- Então é isso, você está apaixonado pela viúva do Riza? - Hakan pergunta fazendo gozação com Emir.
- Cala a boca, você fala demais, eu preciso ir, depois conversamos. - Emir se despede fingindo dá um soco em Hakan.
  Emir sai da casa de Hakan, mas no caminho fica pensando o que será tão importante e que tipo de ajuda Suna precisa. Ele segue para sua casa, quando chega, encontra sua mãe no jardim cuidando de suas flores, ele beija a mãe e vai em direção a entrada da casa.
- Onde você passou a noite? - Sra Naz pergunta sem desviar os olhos das flores.
- Na casa do Hakan, mais alguma pergunta? - Emir responde com outra pergunta, revirando os olhos.
- Você precisa conversar com Begun e resolver a situação de vocês. - Sra Naz adverte colocando o regador no chão e indo em direção a Emir.
- Mãe por favor, não vamos começar com isso de novo. - Emir respira fundo e olha para o céu, tentando manter o controle das suas emoções - Eu já disse o que Begun precisava saber. O que tinha de resolver com ela já foi resolvido, não há mais nada para falar. - Emir retruca irritado.
- Você acha justo o que está fazendo com ela? - Antes de fazer a pergunta ela cruza os braços com um olhar severo. - Foram quatro anos da vida da Begun perdidos, e agora você diz que não tem intenção de casar. Filho me diz onde você vai encontrar uma garota como ela? - Sra Naz pergunta cutucando o peito de Emir com o dedo indicador.
- Mãe, eu não vou casar com alguém que não amo, eu não obriguei Begun ficar comigo durante todo esse tempo. Eu não quero mais falar sobre isso, preciso trabalhar. - Emir diz e vai em direção ao quarto deixando a mãe para trás.
  Suna sai da cafeteria mais aliviada e segue para a empresa. Apesar do clima tenso entre ela e Emir, ele é o único em que ela pode confiar. Suna começa sua rotina em meio a vários projetos que precisam de sua assinatura. Visto que agora ela assumiu a responsabilidade que era de Sr Riza, tudo tem que passar por ela. Enquanto isso, no escritório do Sr Mustafa.
- O Emir ainda não chegou, precisamos dele, não vejo a hora de tirar essa garota intrometida da empresa. - Sr Mustafa expõe seu desejo entre os dentes.
- Não será tão fácil, fique ciente disso, ela é acionista majoritária, seu plano pode não dar certo. Além disso, Suna é muito inteligente e está aprendendo rápido, o estágio que fez aqui dá uma certa vantagem para ela. - Sr Faruk alerta Sr Mustafá mostrando pouca esperança no plano deles.
- Temos que fazer Suna cometer erros que a deixem desacreditada, para termos motivos de afastar ela da presidência. - Sr Mustafa planeja serrando os punhos.
- Kerem sabe que Emir será seu pião neste jogo? - Sr Faruk pergunta e cruza os braços relaxando as costas na cadeira.
- Kerem nem quer entrar no jogo, se contarmos a ele, perdemos o Emir, deixa Kerem fora disso. - O tom do Sr Mustafá era frio, suas intenções eram claras. - Ele é um grande imbecil, na primeira conversa que tivermos. Ele me repreendeu, com a história de que Suna é uma boa garota. ". Temos que nos aliar a ela, que ela tem mais poder do que nós três juntos." - Sr Mustafá repete as palavras do Sr Kerem imitando a forma de falar dele. - Isso eu já sei, eu vou mudar o status dela nesta empresa, escreva o que estou lhe dizendo hoje. - Sr Mustafa promete derrubar Suna com raiva dando um murro na mesa.
- Vamos ver se seu plano vai dar certo. - Sr Faruk diz dando de ombro. - O grande problema é que Emir se interessar por ela. - Sr Faruk adverte mostrando pouca confiança no sucesso do plano do Sr Mustafá.
  Sr Faruk quer se beneficiar da queda de Suna. Porém ele fica nos bastidores, porque se tudo der errado ele ainda pode se salvar. A ambição do Sr Mustafá o deixa cego e Sr Faruk já percebeu a fraqueza dele.
- Pode ser mais fácil, ele vai nos ajudar sem saber, eu manipulo Emir e ele manipula Suna é fácil assim, você verá. - Sr Mustafa garante com um sorriso sarcástico.
  Emir vai para seu quarto tomar banho, depois desce e toma café da manhã. No final da manhã ele se arruma para ir ao restaurante encontrar Suna. Antes de sair, Emir se olha várias vezes no espelho, para conferir sua roupa e coloca o Pacco Rabanne seu perfume preferido. Ele chega no restaurante as 12:25, da entrada ele viu Suna, por um momento ele ficou ali admirando ela. Segundos depois ele se dirige para a mesa onde Suna está sentada aguardando por ele. Quando ele se aproxima e fica na frente dela, Suna levanta no impulso. Emir e Suna ficam se olhando nos olhos, nenhum dos dois consegue falar nada. Era como se um quisesse saber o que o outro estava pensando naquele momento.

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