CAPÍTULO 13

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MARIA EDUARDA

Eu nunca estive tão aflita em toda a minha vida, meu filho no hospital sedado e minha filha sumida a 3 dias.

Segundo a Tati ela atendeu um telefonema e saiu do hospital, nas câmeras de segurança da para vê que ela entrou em um carro preto filmado.

Meu coração está um caco, totalmente despedaçado, eu não sei o que fazer, meu marido não dorme correndo atrás de notícias, perguntando por todos os morros possíveis do rio de janeiro.

Mada: Você precisa comer.- minha mãe entra no quarto do hospital com uma sacola, parecia de uma padaria.

Duda: eu não consigo.- meus olhos já enchem de lágrimas como na maioria das vezes.- meu filho nesse leito, minha filha sei lá a onde?- o que eu fiz para merecer? É o que me pergunto a 3 dias.

Mada: você precisa se acalmar, e se manter forte, como vai cuidar do João quando sair daqui, ou da Maju quando encontrarmos ela?- fala e eu assinto, concordando.

Resolvo pegar a sacola e tiro de lá um pão na chapa e um suco natural de guaraná.

Mada: precisa confiar nos planos de Deus.- fala e me abraça.- eles vão ficar bem.- assinto botando fé no que ela diz.

Converso com ela por um tempo, a enfermeira entra na sala e faz alguns procedimentos com João, observo cada detalhe, de uma coisa eu sei, não posso confiar em ninguém que não seja da família.

Mada: o Davi está muito preocupado com eles, não para um minuto convicto a achar a Maju.- fala enquanto me observa.

Duda: ele é distante, mas sei que gosta das crianças, talvez se sinta um pouco velho de mais para acompanhá-los.- sorrio de lado, o Davi sempre foi um pouco distante dos meninos, principalmente quando atingiu a adolescência, mas não significa que não gosta deles entende?

Mada: é bom que a família esteja unida nesse momento.- me abraça de lado.

Duda: estou preocupada com o Ryan, ele não dorme, sei que se culpa por não poder nem acompanhar o filho no hospital.- abaixo a cabeça.

Mada: por que não vai para casa, descansa, da um apoio ao seu marido, amanhã de manhã você volta, eu posso ficar aqui.

Duda: tem certeza?- pergunto.

Mada: Claro minha filha.- assinto, me levanto para ajeitar minhas coisas e vou até o leito do Jp, beijo sua cabeça, peço a Deus que cuide dele e saio do hospital indo para o morro.

PLAYBOY

A invasão foi algo questionável, começou do nada e terminou do nada, ninguém entendeu absolutamente nada.

Não tentaram afetar as bocas, nem pegar as drogas, ninguém sabe que morro estava invadindo, mas que estava invadindo, conhecia muito bem isso daqui.

Mas algo que se explica menos ainda é esse sumiço da Maju, minha filha não sumiria assim do nada, sem avisar, sem deixar notícias. Alguma coisa está bem errada nessa história.

Duda: Amor?- me olha atrás do notebook.- olhando essa filmagem de novo?- pergunta.

Playboy: estou tentando achar um mínino de pista.- continuo observando.

O carro preto, ela entrar no banco de trás, logo ele da partida, ninguém sai, só ela entra. Fico encarando aquela tela por horas.

Duda: vamos tirar uma soneca?- me chama.- descansar, precisamos ser fortes, para cuidar das crianças quando achar a maju e quando o Jp sair do hospital.

Playboy: não tô com cabeça para dormir.- falo sério.

Duda: vamos descansar, amanhã você pode vê as coisas com mais clareza e quem sabe perceber algo que ninguém percebeu?- resolvo aceitar, não por que eu queria, mas por que e senti que ela precisava de mim.

Subo as escadas com ela, ligo a banheira em uma água morna e ajudo ela a entrar.
Resolvo fazer uma massagem nela, sei o quanto está sendo difícil para ela, assim como para mim, lembro quando a Duda foi sequestrada e o quanto aquilo foi terrível para todos nós.

Eu tenho fé que vou encontrar minha filha, tenho fé que meu Filho vai sair bem dessa e tenho fé que minha mulher vai voltar a ser feliz.

DVD

Eu claramente não iria sossegar enquanto não achasse ela.

DN: e se ela já estiver morta?- pergunta o idiota.

Dvd: ela não está caralho.- passo a mão no cabelo.- quero amanhã cedo, gravações de todas as câmeras de segurança de locais próximos dali.- tem que ter algo, alguém sair do carro, uma janela aberta, tem que ter algo.

DN: amanhã cedo vai está aqui.- fala e sai apressado.

São 21h da noite, e eu não durmo a 3 dias, já nem sei quantas vezes usei cocaína para me deixar acordado, isso está me afetando muito.

Rei: você precisa descansar Davi.- fala entrando na minha sala na boca.

Dvd: eu preciso encontrar ela.- grito descontrolado e o rei me encara.

Rei: o que está rolando?- me analisa.- esse amor é para com sua sobrinha, correto?- assinto passando a mão nos cabelos.- você só está preocupado ou tem algo a mais nessa história?- me olha.

Dvd: somente por que ela é filha da minha irmã, minha sobrinha, não passa de preocupação.- falo sério.

Rei: eu espero davi.- fala ríspido e saí da sala.

Minha cabeça está um turbilhão e ainda vem esse povo me azucrinar. Abro a gaveta da mesa olho o saco de pó e estico na mesa.

Day: Você precisa está vivo, se pretende achar sua sobrinha.- fala debochada.

Dvd: o que quer aqui?- pergunto estressado.

Day: vim vê como você estava.- fala calma.

Dvd: já viu, pode ir.- fala seco.

Day: e é assim que trata alguém que quer o seu bem?- me encara e senta no meu colo na mesa e assopra toda a cocaína..

Dvd: você está louca porra, esse caralho é dinheiro.- falo grosso.

Day: eu estava falando sério, quando disse que você precisa ficar bem, se quer achar a sua sobrinha, morto não encontra ninguém, a não ser outro morto.- fala e saí da sala.

Dvd: ok.- respiro fundo e desço para minha nova casa, resolvi sair da casa dos meus pais.

Tomo um banho demorado e logo me deito na minha cama.

Ouço a porta bater no meio da noite e me levanto para vê quem é.

Maju: Davi, me ajuda.- me olha com os olhos cheios de lágrimas.

Dvd: vem cá, onde você estava?- a encaro procurando machucados.

Maju: Davi, eles querem me machucar, me ajuda, por favor, preciso fugir.- fala chorando desesperada.

Dvd: quem maju, quem quer te machucar?- pergunto observando todo o seu corpo, procurando por algo que me ajudasse a saber o que ela tem.- vem entra.- tento pegar em sua mão mais ela não estende.- maju.- chamo e ela continua em pé pedindo ajuda.- tento sair na porta e não consigo, algo me prendia.

Tento sair pela porta com força, me jogo contra ela e é como se houvesse uma muralha, logo ouço um barulho forte.

Levanto desesperado, e vejo que estou em meu quarto.

Rei: Davi, tá aí?- bate mais uma vez na porta da sala.

Dvd: já vai.- grito do andar de cima. Ainda estou em choque com o sonho que tive, meu corpo está todo trêmulo.

Eu preciso acha-la...

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PASSANDO O COMANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora