CAPÍTULO 15

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MARIA JÚLIA

Eu não sei a quanto tempo estou aqui, estou com fome e frio, ouço vozes conhecidas, mais não consigo as indentificar.

Depois do carro, acordei já nesse cômodo, onde tem uma cama de solteiro de ferro, e um colchão fino.

Ao todo recebi 3 visitas, no meio da escuridão, acredito que no fim do dia, me deixando com bastante medo, mas no fim era só um prato de comida e um copo d'água.

Pela primeira vez a porta é aberta enquanto as luzes estão ligadas.

Observo um cara passar por ela, um homem que sua fisionomia não me é estranha. Olho ele de cima a baixo para tentar encontrar quaisquer semelhança com alguém que eu conheça ou me faça o reconhecer.

Xxx: se tirar foto dura mais.- fala em um tom bem escroto.

Maju: quem é você? e por que está fazendo tudo isso?- pergunto em um tom rude.

Xxx: Não me reconhece princesa.- o encaro com o cenho franzido.

Maju: te reconheceria de onde?- o olho com desdém.

Xxx: a Majuzita, como assim não se lembra do futuro marido.- me olha sorrindo.
Majuzita? Majuzita. Ah não, não é possível.

Maju: Anderson?- o encaro seria.

Andinho: Ah, não achei que iria demorar tanto, nem mudei tanto assim.- o pior é que tinha mudado, pouca coisa era semelhante ao passado, a última vez que o vi eu tinha uns 10 anos ele uns 16 sei lá.

Ele era bem escroto, falava que iria casar comigo, que me esperaria, tentava me beijar, algo bem bizarro.

Andinho: eu disse que iria casar com você.- fala em um tom cinistro.

Quando o LC entendeu o que estava acontecendo, começou uma implicância terrível com o Anderson, e então todas as vezes que nossos pais iam na rocinha, nós dois fazíamos um escândalo para não ir, por sorte, MT arrumou uma merda com a facção e meus pais se afastaram d vez.

A Ana e o MT não iam muito na nossa casa, apenas alguns eventos, ou faziam churrasco no morro deles onde nós íamos.

Maju: a gente não vai casar.- falo seria.

Andinho: vamos sim e você vai lutar com seu irmã pela posse do morro, vamos ser os reis da penha.- fala e minha cara de nojo era notada a quilometros.

Maju: você só pode está ficando louco.- ele sorrir.

Andinho: sempre fui louco por você. Esses olhinhos verdes, o corpinho magrinho naqueles vestidos rodados, o cabelo com trancinhas ou um lacinho, tão menininha.- fala malícioso e só me dava mais nojo, ele tinha tesão em mim criança.

Maju: pedofilo, ridículo, nojento.- cuspo as palavras com raiva.

Andinho: não fala assim do seu amor.- debocha.- eu também gosto de você agora.- soa ainda mais nojento.

Maju: cadê seus pais? Eles concordam com isso?- olho incrédula.

Andinho: ah claro, vamos voltar ao poder, tomar a Penha e tudo isso pela princesa da penha.- sorrir largo.

Maju: vocês são nojentos.- falo raivosa.- por isso nunca tiveram nada, por que são invejosos e nojentos.- grito e só paro quando sinto a queimação no meu rosto, ele havia me dado um tapa.

Andinho: cala a boca filha da puta.- grita.

Maju: me mata, vai ser a única forma de me calar.- levanto o olhar e mantenho a postura, tinha medo, claro que tinha, mas tinha ódio, nojo e muita raiva.

PASSANDO O COMANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora