CAPÍTULO 16

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DVD

Saio da casa indo direto para um hospital qualquer, o primeiro que vejo.

Dvd: me ajuda.- falo desesperado quando entro na recepção.

Uns enfermeiros põem ela na maca e logo sou chamado para fazer sua ficha.

Ligo pra minha irmã e explico a situação, pelo celular ouço seu desespero e seu choro agonizante.

Eu entendo, um filho em coma no hospital, a filha dando entrada em outro.

Observo tudo a minha volta, e menos de 2h um médico vem até mim.

Dr: Bom senhor?- me olha.

Dvd: Matheus.- minto meu nome.

Dr: a paciente está bem, só está um pouco desidratada por ter ficado muito tempo sem água, ela já acordou, pode vê-la no quarto 450.-assinto.- a alta está assinada, assim que o soro acabar podem ir.

Dvd: ok Dr, obrigado.- aperto sua mão e vou até o quarto dela. Deixo uma mensagem para o Playboy e Duda avisando que logo estaríamos no morro.

Bato na porta avisando que estou ali e logo entro, a cara e surpresa está estampada em seu rosto.

Dvd: EAI, está melhor?- pergunto assim que estro.

Maju: estou com um incomodo no estômago por ficar muito tempo sem comer, mas estou bem.- assinto.- o que está fazendo aqui?

Dvd: nossa, assim que agradece o seu cavalheiro por ter te resgatado?- debocho.

Maju: você me resgatou?- me olha surpresa.

Dvd: não só eu, seu pai voltou pro morro por causa da polícia, eu tenho a ficha limpa.- ela concorda.

Maju: e o Jp?- me olha curiosa e preocupada.

Dvd: está em coma ainda.- falo.

Maju: e o Andinho tá...- não deixo ela terminar de falar e respondo logo.

Dvd: fugiu, MT tá morto, e a Ana também sumiu.- ela me encara.

Maju: obrigada, por ter me salvo.- sorrir sem graça.

Dvd: eu te salvaria outras mil vezes.- ela sorrir aberto.- você é minha sobrinha.- finalizo e vejo seu sorriso morrer, sei que não era isso que ela queria ouvir e as vezes falando isso pareço um senhor de quarenta e poucos anos, mas não podemos mudar os fatos.

Maju: é verdade.- sorrir sem graça.- sabe que horas posso ir?

Dvd: depois que o soro acabar.- ela assente e vira a cabeça para o lado, parece pensativa.

Analiso seu rosto e está com aspecto cansado, os olhos estão fundos, o cabelo sem aquele brilho de sempre, o corpo parece mais magro mesmo em cima de uma cama de hospital consigo repara-la.

O que não mudou é sua beleza exuberante, essa mulher é uma perdição, com certeza a minha perdição.

Dvd: por que foi com ele?- ela me olha sem entender.- você entrou no carro por vontade própria, por quê?- questiono.

Maju: meu pai, estava na mira dele.- abaixa a cabeça.- ele disse que pararia a invasão na hora se eu fosse.

Dvd: e se ele não tivesse parado?- questiono novamente.

Maju: mas ele parou, não parou?- assinto.

Dvd: mas se não te tivesse? Você poderia ter morrido.- falo seco.

Maju: meu pai poderia ter morrido e por sorte está vivo.- diz seria.- isso me importa.- assinto e resolvo deixar o assunto para lá, mas eu estava inconformado com esse ato heróico dela.

O tempo passou e logo estávamos saindo do hospital, antes que o soro acabasse fui até o lado de fora do hospital e comprei um vestido e uma calcinha para ela tomar um banho e vestir uma roupa limpa, já que as dela estavam bem sujas.

Maju: não tinha um vestido mais justo? Ou um que fosse o meu tamanho?- fala indignada com o vestido estilo vó crente que eu comprei para ela. De início ela nem quis vestir, mas logo resolveu botar no corpo.

Mas o que me irritava mesmo, era que ainda assim ela conseguia ficar atraente.

Dvd: muito ingrata não acha?- zombo.

Maju: estou vestida de toalha de mesa.- diz estressa quando entramos no carro.

Dvd: quer comer algo?- pergunto e ela assente.

Maju: unrrum.- são umas 8h da manhã, demos entrada no hospital de madrugada.

Dvd: ali tem uma padaria.- falo.- vamos lá?- ela assente.

Maju: vou te que descer assim.- resmunga e eu sorrio da sua cara. O cabelo preso em um coque arrumado com esse vestido de estampa florida, poderiam confundi-la facilmente com uma irmã da assembleia.

Dvd: está ótima, vamos logo.- falo saindo do carro e observo ela sair do carro emburrada.

Sentamos em uma das mesas, esperamos sermos atendidos.

Garçom: bom dia, o que vão querer?- diz o menino.

Dvd: um pão na chapa e um café preto.- respondo e ele se vira para ela. Observo que seu olho se perdem no rosto bonito dela. Nem vestida assim a filha da puta deixa de chamar atenção.

Maju: eu quero pão de queijo e vitamina de banana.-diz com a voz suave e o menino parecia hipnotizado, já que nem anotava o pedido ou andava.

Dvd: o meu irmão.- do um tapinha de leve nele.- o pedido.- digo sério.

Garçom: perdão, perdão, vou buscar.- diz eufórico mas ainda olhando ela.

Maju: o que você tem?- me olha com um sorrisinho sapeca.

Dvd: estou normal.- digo sério.

Maju: não está, o semblante está duro, vai quebrar o maxilar assim.- sorrir passando a mão no meu rosto.

Dvd: estou normal Maria Júlia.- digo seco tirando sua mão de mim.

Viro o rosto observando o local e logo os pedidos chegam. A esfomeada já ataca o prato com se fosse um cão raivoso.

Aprecio ela comendo por tempo enquanto como meu pão.

Peço a conta e o mesmo garçom vem, antes que ele diga algo ou fique fissurado na menina. Do 100 reais em sua mão e saio puxando a dali.

Entro no carro em silêncio e dirijo para a Penha onde meu cunhado espera a filha.

Observo ela de canto de olho e vejo que está com uma cara diferente.

Dvd: o que tem?- pergunta de uma vez.

Maju: nada, estou bem.- não acredito, mas também resolvo deixar para lá.

Playboy: Graças a Deus amor, que bom que está bem.- abraça a menina.- valeu aí Dvd.

Dvd: que nada, resgatamos ela juntos.- ele assente. A maju logo se enturmou com o restante do pessoal, menos a mãe que estava com o irmão no hospital.

Observo toda aquela gente que eu até amo, mas não Tenho tanta intimidade e resolvo ir embora

⭐⭐⭐⭐⭐

PASSANDO O COMANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora