CAPÍTULO 9

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MARIA JÚLIA

Acordo com uma dor terrível na cabeça, flash da madrugada vem na minha mente, puta que pariu.

Maju: o que você fez Maria Júlia?- sussurro para mim mesma.- pode ter sido um sonho, foi um sonho.- me convenço disso passando a mão na cabeça preocupada.

Liz: Maju?- bate na porta e logo entra acompanhada da Tati.

Tati: tudo bem?- pergunta quando deita na cama.

Maju: unrrum, só ressaca mesmo.- talvez moral também.

Liz: são 11h, a vovó tá chamando para tomar café.- fala e eu assinto.- ah, ela disse que tem roupa sua aí no armário da última vez que vinhemos.- aponta e eu assinto.

Vou ao guarda- roupa do quarto que meus pais sempre ficou com a gente aqui, e realmente te roupas, maioria das vezes eu trago bolsa e a suja ela pega para lavar.

Provavelmente da Liz também tinha no quarto que tia Raíssa ficava.

Tomo um banho gelado com as tranças presa em um coque, paço um hidratante que tinha no banheiro, escovo os dentes e desço para a sala.

Rei: Bom dia princesa do vô.- fala e eu o abraço apertado.

Maju: bom dia vovô.- falo com preguiça.

Rei: sua vó está te esperando para comer.- assinto e vou até a cozinha.

Maju: bom dia vovó.- abraço ela.

Mada: come alguma coisa aí, nem sabia que estavam aqui, a Liz que falou quando acordou. - diz.

Maju: ficamos bêbadas demais no baile, Davi trouxe a gente.- falo.

Mada: come alguma coisa por que vamos almoçar na pensão da minha amiga que abriu na praça.- assinto pegando um pão francês, passando requeijão e botando uma fatia de queijo e presunto.

Maju: me passa essa xícara?- ela assente e põe perto de mim, me sirvo café e tomo apreciando, espero que essa dor de cabeça passe.

Dvd: tome.- abro os olhos e vejo sua mão com um comprimido na minha frente.

Maju: o que é isso?- pergunto preocupada.

Dvd: remédio para dor de cabeça, já dei para as duas alcoólatras na sala, bebê aí.- sorrio com o gesto dele e pego o comprimido tomando.

Mada: vamos almoçar na pensão da Cíntia, tudo bem?- ele assente.

Dvd: sou o dono do morro, esqueceu?- brinca.

Mada: seu pai ligou?- observo seu olhar atento a mãe, e com um certo desdém.

Dvd: o que o Celso queria?- pergunta seco.

Mada: que fosse vê-lo, disse que está morrendo.- fala minha vó.

Dvd: quando ele morrer me mande a conta do funeral,fora isso não quero contato.- diz sério.

Mada: ele é seu pai meu filho.- o olha.

Dvd: ele foi embora, ele não ligou, não mandou mensagem, não foi me vê, uma carta ou sei lá o que. - diz ríspido.- agora ele é só um peso morto.- fala e saí da cozinha, logo podemos ouvir a porta batendo.

Mada: complicado.- passa a mão no cabelo e volta a lavar a louça.

Maju: eu entendo ele vó, sabe ele era uma criança, ele precisava de um pai, minha mãe já era adulta, criada, entende?- ela assente.

Mada: me preocupa esse tanto de ódio acumulado no peito dele.- diz preocupada.

Maju: eu entendo.- ajudo ela arrumar a cozinha depois de tomar café e vou até a sala onde as meninas assistem tv com o vovô.

PASSANDO O COMANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora