CAPÍTULO 30

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MARIA JÚLIA

Um ano depois...

Um ano se passou, muitas coisas por aqui claramente mudaram. Depois daquele beijo na boate, as meninas me interrogaram a noite inteira, contei exatamente como tudo começou, decidi que iria dá um basta nesse sentimento, e eu dei?

Bom, eu e o Davi, nos afastamos bastante, só tínhamos contato em reuniões de família, nos viamos muito pouco, pos na maioria das vezes ele nem aparecia.

O Gustavo se tornou uma das coisas mais importantes da minha vida, pego ele para passeios ou para ficar comigo na penha sempre que eu posso, porém tratava dos assuntos direto com ele, ja que o Davi presenteou ele no aniversário com um celular.

Duda: Vai sair?- pergunta assim que entra no meu quarto e eu estou me arrumando.

Maju: vou sim, com o miguel.- ela assente.

Duda: Vim avisar que seu pai quer a gente junto no jantar.- assinto.

Maju: prometo que estarei aqui.- ela sorrir e me beija na testa.

Duda: você está linda.- sorrio e agradeço e elogio antes que ela passe pela porta.

Me observo no espelho e me agrado do que vejo, estou vestindo um shortinho rosa e um cropped branco vamos almoçar na praia, então botei algo bem levinho, no pé apenas minha havaianas branca.

Olho a hora no relógio e resolvo descer

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Olho a hora no relógio e resolvo descer.

Maju: magrinho, me dá uma carona até a barreira?- peço a um dos meninos da segurança.

Magrinho: sobe aí princesa.- chama pro apelido que os meninos me deram no morro.

Subo na garupa da moto dele, e ele da partida descendo o morro até chegar na barreira.

Maju: Obrigada magrinho.- vejo ele ligar novamente a moto e subir.

Vejo o carro do Miguel e então vou até ele.

Maju: Oi amor.- do um selinho em seus lábios. Sim, eu e o Miguel estamos namorando e tem algumas semanas, de início não me era uma opção, eu gosto muito dele, mas não me via em um relacionamento com ele.

Ainda mais sabendo exatamente por que meu coração bate, mas eu decidi dá uma chance para ele e para mim também, ficar com o Davi nunca será uma opção, então resolvi arriscar com o Miguel.

Miguel: o que foi tá pensativa?- pergunta me olhando de lado.

Maju: meu pai quer conversar no jantar, e eu estou curiosa.- falo.

Miguel: entendi.- volta a olhar para frente.

Quando peguei uma certa confiança no Miguel, resolvi abrir o jogo para ele, contar sobre morar no morro, sobre quem realmente era o meu pai. Ele super entendeu.

O Miguel é um cara foda, me trata feito uma princesa e eu amo isso nele, é super carinhoso, atencioso.

Miguel: Vamos comer naquele que você gosta em Copacabana?- me encara.

Maju: sim, amo o camarão de lá.- ele sorrir com minha empolgação e volta a dirigir.

DVD

dvd: fala, tô na escuta.- respondo no rádio depois que ouço me chamarem.

DN: Angelica tá brigando com a novinha da rua 10 de novo.- passo a mão no rosto estressado.

Dvd: estou indo aí.- respondo levantando da minha cadeira. Maldito foi o dia que resolvi botar essa mulher como minha fiel, a perturbada arruma merda o tempo todo, é confusão atrás de confusão no morro.

O foda é que essa porra é filha do rei e ninguém nem se atreve a meter a mão, mas eu já disse para ele, exemplo vem de cima, se na próxima ela ia ter o dela.

Subo na minha moto e vou até onde o DN falou que era a briga, observo a quantidade de gente que já tá no meio da rua vendo a baixaria e disparo dois tiros pro alto.

Dvd: bora, todo mundo circulando.- entro no meio da muvuca que já está se afastando e vou até a cabeleira ruiva pegando pelos cabelos.- qual é da baixaria filha da puta?- encaro os olhos dela.

Angélica: essa piranha aí que fica me provocando.- grita.

Michele: falei nada contigo, você que já veio para cima de mim, falando que se eu ficar de conversa com dvd vai me matar.- responde a pretinha do outro lado.

Dvd: quero saber de k.o não, na próxima as duas ficam careca, e você sobe para casa.- grito e ela sai batendo perna.

Michele: pow pretinho, eu só me defendi ela que veio para cima de mim.- chega perto de mim toda manhosa.

Dvd: quero saber não Michele, o papo é reto, não quero k.o na favela.- ela assente e saí andando.

Observo ela se afasta rebolando aquela bunda gostosa que ela tem, a Michele é uma das piranhas que eu como aqui no morro, eu não jurei nenhuma fidelidade para a Angélica não, a mina que é toda emocionada, botei como fiel para tentar esquecer a maju, mas aquela porra não sai da minha cabeça.

A um dia desses ouvi meus pais conversando e fiquei sabendo que ela tá namorando com o Mauricinho da faculdade dela, porra aquilo foi como levar uma pedrada, mas ela merece ser feliz, mas é óbvio que eu adoraria que fosse comigo.

Dn: tem que segurar sua raposa ein.- brinca assim que eu entro na sala.

Dvd: essa porra só me estressa.- falo pegando um saquinho com Skank.- bola aí.- jogo em cima dele.

Eu já estava super estressado e fumar era o que iria me acalmar no momento.

DN: e o menor?- pergunta pelo Gustavo, porra aquele ali é meu orgulho, o garoto tá jogando bola pra caralho, dando o melhor dele na escola, correndo legal atrás do dele, tive alguns problemas com ele por causa do vício.

No começo cheguei em casa e ele tinha conseguido cocaína com um amigo da escola, o garoto tava loucasso no sofá, todo travado. Conversei com ele, fiquei mais em cima e durante umas semanas isso passou.

Depois peguei ele drogado de novo, aquilo tava me transtornando, vê ele daquele jeito.

Mas hoje graças a Deus meu menor tá de boa.

Dvd: tá foda no futebol, viu?- falo orgulhoso.- tô para levar ele para participar de uma peneira no asfalto, vão separar os melhores para ir jogar na base do flamengo.

DN: vai passar com certeza.- fala e um sorriso brota no meu rosto. Eu sei que pegar o menor para cuidar foi a melhor coisa que eu fiz em toda minha vida.

Ja estava anoitecendo quando chego em casa, ouço a gritaria e ja sei o que é.

Menor: eu não suporto você, não sei como o Davi suporta.- fala gritando.

Angélica: você não tem que suportar nada, o encosto aqui é você seu viciadinho de merda.- grita de volta e isso me tonteia.

Dvd: acabou essa porra, Gustavo pro seu quarto.- me altero.- e você sua filha da puta, levanta a voz para falar assim com ele de novo que eu te mato de porrada, tá achando que é quem nessa porra? Tá afim de morrer porra?- agarro nos cabelos ruivos dela.- eu te mato Angélica, eu te mato se você abrir esse caralho dessa boca para falar assim dele de novo.- empurro seu corpo para trás fazendo ela cair no sofá.

Subo as escadas na força do ódio e entro no me quarto.

⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

PASSANDO O COMANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora