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Pov Narrador.

7:30 da manhã, em uma segunda-feira chuvosa, a empresária Carla Maraisa, seu vestido de coro, maquiagem fraca, apenas para ressaltar a sua beleza, anda pelos corredores da sua própria empresa, totalmente nervosa com algo. O seu salto alto faz um eco enorme, chamando a atenção dos seus funcionários, que ficam quietos com a sua chegada. Maraisa passa pela sua secretária e pega a agenda do dia, sem ao menos dar bom dia para a jovem moça.

- Café - Ela fala alto da sua sala e bate a porta.

Uma palavra é necessário para a sua secretária sair correndo atrás do café da sua chefe, tendo em mente o pavio curto de Maraisa e que se pegar ela em um mal dia, sua demissão vai voar nas suas mãos.

Maraisa especialmente hoje, está mais estressada que o normal, assim que acordou teve uma noticia nada boa, que arrancou totalmente a sua paz.

- Bom dia - Maiara fala entrando na sua sala - O que aconteceu?

- O que aconteceu? - Maraisa pergunta irônica - O que aconteceu foi que esses filhas de uma puta estão lucrando.

- Se eu não souber de quem você está falando... você vai ficar brava?

Maraisa abre a sua bolsa e joga o jornal do dia em cima da mesa, totalmente nervosa e angustiada com as notícias que tem saído.

- Ah... a empresa Mendonça - Maiara resmunga baixinho - Sabia que a dona é uma mu-

- Eles estão lucrando mais do que a gente, Maiara - Maraisa grita com a sua irmã - Muito mais, olha os números, os gráficos, tudo.

Maiara que nem tinha se dado o trabalho de ler, pega o jornal em mãos, lendo os números pequenos que geralmente não importam para ela. Maiara fica impressionado como o número de lucros da outra empresa está alto, mas não fala nada, porque sabe que se falar, a sua irmã que está andando de um lado para o outro pelo nervosismo, pode acabar deixando a sua gêmea mais nervosa.

- Mara... você não quer beber uma água? - Maiara fala empurrando a água devagar para a sua irmã - Tentar se acalmar, respirar...

Maraisa está suficientemente nervosa, principalmente porque a empresa que está sendo concorrente direta da sua, é uma empresa nova, acabou de ser lançada no mercado e na sua cabeça, não era para estar crescendo tanto assim. Sua cabeça não para de pensar em ações que ela pode fazer para dar a volta por cima e arrancar os lucros da empresa Mendonça.

- Pensa, Maraisa, Pensa, Maraisa - Ela fala sozinha - Pensa, Pensa.

- Posso comer esses doces? - Maiara pergunta apontando para o potinho de doces que está na mesa da sua irmã.

Maraisa olha para a sua irmã e só aproxima o pote dela, recebendo seu sorriso animado. O que mais é impressionante para Maraisa na sua irmã, é a sua forma de agir calmamente, como se o mundo não tivesse acabando ao seu redor.

- Eu preciso pensar em algo, Maiara - Maraisa fala entre os dentes - Duas a uma, ou eu aceito a bronca do nosso pai ou eu mando matar o dono da empresa Mendonça.

- Primeiro: Matar a "dona", é uma mulher - Maiara fala girando na cadeira - Segundo: Por que você se importa tanto com o que nosso pai fala?

- Você entenderia se tivesse sido criada por ele.

Quando crianças, os pais das gêmeas Henrique se divorciaram e entrarão em conflito pela guarda das duas, o que resultou em inúmeros traumas em ambas crianças, mas o problema só pirou, quando a mãe das duas ganhou a guarda e em uma atitude impensada de dessespero e medo de ficar longe do pai, Maraisa escolheu morar e viver com seu pai, longe da sua mãe e da sua irmã. O que ela não esperava era que sei pai, após o divórcio iria mudar da água para o vinho, se tornando a pessoa que ela tem pesadelos toda noite.

Business Woman (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora