17.

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Pov Marília

- Você quer ajuda? - Pergunto abraçando Maraisa por trás.

- Não, Lila - Ela fala com a voz embargada - Eu já acabei aqui.

Viro ela nós meus braços e limpo as lágrimas dos seus olhos. Infelizmente o dia que não queríamos que chegasse, chegou mais rápido do que imaginávamos. O nosso último dia de viagem chegou e eu já esperava que o medo de ficar longe da morena ia chegar, principalmente porque no Brasil, ela virá outra pessoa totalmente diferente da Maraisa que eu conheci aqui em Paris.

- Mara... nós ainda vamos nos ver - Falo selando nossos lábios - Você pode dormir comigo lá em casa.

- As coisas não são tão simples, Lila - Ela sorri fraco e nega com a cabeça - Aqui é só nós duas, lá... lá envolve muitas outras coisas.

- Mas... mas não vamos nem tentar? - Pergunto baixinho - Não vamos tentar?

Ela me olha apreensiva e não fala nada, só fica encarando meus olhos por longos segundos, sem saber o que dizer. Quero mais do que tudo, fazer nós duas darmos certos, mas não sei se é algo recíproco, porque em nenhum momento falamos sobre namoro, ou qualquer coisa do tipo, só ficamos casualmente, mesmo eu sendo completamente apaixonada por ela.

- Minha vida é muito complicada, Lila - Maraisa fala segurando a minha mão - Eu nunca estive em um relacionamento.

- Eu tenho paciência... - Falo segurando seu queixo - Eu disse que iria cuidar de você, deixa eu fazer isso, por favor.

Maraisa concorda com a cabeça e passa os braços pelo meu pescoço, abraçando meu corpo com força, suspirando aliviada com isso. Assim que a sua bochecha encosta no meu pescoço, percebo que ela está totalmente quente de febre.

- Por que você está tão quente, amor? - Pergunto segurando seu rosto e vendo a sua temperatura.

- É febre emocional - Ela sorri fraco - Porque... porque vamos ficar longe e eu... eu fiquei ansiosa... e deu isso.

Beijo a sua cabeça e passo meus braços pela sua cintura, apertando seu corpo contra o meu. Maraisa beija a minha tatuagem e deita a cabeça no meu ombro.

- Vou pegar um remédio para você, tá bom? - Falo baixinho - Fica deitada por enquanto, nosso carro vai demorar alguns minutos.

- Tudo bem...

Maraisa vai deitar e eu pego algum remédio na bolsa para ela. Assim que ela toma o remédio, ela deita a cabeça no travesseiro, me olhando com um olhar curioso. Me sento na sua frente e passo a mão no seu rosto, alisando a sua pele.

- Amanhã Gustavo marcou a reunião na sua empresa - Falo alisando a sua pele - Nós vamos assinar o contrato.

Maraisa me olha preocupada e senta na cama rapidamente e eu estranho seu dessespero.

- O que foi, amor? - Pergunto rindo.

- Eu acho... eu acho melhor você não assinar - Ela fala rapidamente - Não é uma proposta tão bo-

- É uma proposta ótima, Mara - Falo sem entender nada - Iria ajudar muito a minha empresa.

- Não, Lila...

- Porque não? - Questiono já nervosa pela sua falta de resposta.

Maraisa me olha apreensiva e não consegue falar nada, coçando a cabeça nervosa, começo a ver as suas mãos ficando trêmulas e o seu peito subindo e descendo pela ansiedade.

- Mara... se acalma - Sussuro segurando as suas mãos - Me fala o que está acontecendo.

- Lila... eu n-

Business Woman (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora