18.

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Pov Narrador

Sete da manhã, em uma segunda-feira, o expediente na empresa Henrique já começou, os funcionários do lugar esperam ansiosamente a chegada da patroa que todos tem medo, mal sabendo eles que ela já está na empresa desdo dia anterior.

Depois de passar a madrugada inteira acordada, pensando e agindo nos últimos planos que a sua cabeça tinha planejado, Maraisa dormiu perto das quatro da manhã no seu escritório, sem forças nenhuma de voltar para a sua casa. Sua febre emocional aumentou, a sua ansiedade a impediu de conseguir usar a razão em vez da emoção e devido a esses efeitos, ela precisou tomar seus calmantes, nem que seja para dormir um pouco.

A morena dorme profundamente devido a grande quantidade de analgésicos que a mesma tomou. Mas esse sono é interrompido, por Marco, seu pai, que entra na sala totalmente nervoso, batendo a porta assim que coloca os pés na sua sala, assustando Maraisa que acorda rapidamente.

- Oi, papai... - Ela fala com a voz rouca pelo sono.

- Aonde você estava essa semana, Maraisa? - Ele pergunta totalmente nervoso com a mulher - Por que não respondeu as minhas mensagens?

Maraisa sente seu coração batendo mais rápido, seu estômago embolando, com medo de dizer a verdade. Ela tem noção que seu relacionamento, mesmo que ainda sem definição, ainda seria uma coisa muito mal vista pelo seu pai.

- Eu estava na Maiara - Ela pensa em uma desculpa rapidamente - Eu estava doente esses últimos dias.

Quando ele vai responder a sua, seu relógio chega uma notificação, mostrando que chegou o horário da reunião com os fundadores da empresa Mendonça e Marco tem noção do quanto Marília é pontual.

- Cadê o contrato que vamos oferecer para eles? - Marco pergunta mexendo na mesa da sua filha - Eles já chegaram.

- Marília é uma pessoa boa, papai - Maraisa fala dessesperada pelo medo de prejudicar a loira - Não é justo fazermos isso com ela, pod-

- Eu não te perguntei nada, Maraisa - Ele fala achando o contrato dentro de uma pasta escura - Parece que mesmo tentando te ensinar, você nunca aprendeu nada.

- Marília não merece isso...

Marco olha para o contrato e mesmo podendo revisar, ele não tem tempo, então apenas pega o notebook da morena e o telefone da sua mesa, deixando a sua filha confusa, ele dá as costas para Maraisa e quando ela vai atrás para ir junto para a sala de reuniões, o homem fecha a porta e tranca, pelas chaves reservas que ele carrega. Tendo noção da filha frágil que ele tem, Marco tranca Maraisa, justamente para ela não estragar novamente o fechamento do contrato com Marília.

- O quê? - Maraisa pergunta nervosa e tenta abrir a porta.

- O mundo não é um lugar justo, Maraisa - Ele fala tirando a chave da porta - Ou você faz para ganhar ou você perde.

Maraisa soca a porta com força e tenta abrir novamente, mas sem sucesso algum e ela entende, que não vai adiantar gritar ou pedir ajuda, sua sala tem isolamento acústico, não adianta pedir por socorro.

Na sala de reuniões Marília está sentada na mesa, vestida com um terninho azul claro, o cabelo solto e brincos dourados, já que ela acordou mais cedo ainda para se arrumar para a morena. A loira quase não dormiu a noite, pensando no que Maraisa queria fazer tão tarde na sua empresa, mas não quis fazer muitas perguntas para não precionar a mulher, mas ela não consegue deixar de se preocupar.

Marília diferente de Maraisa, tem noção do quão apaixonada está e quer fazer isso dar certo, não importa o que, o grande problema são os traumas e sequelas de um relacionamento tóxico que Maraisa tem e teve no passado.

Business Woman (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora