5.

1.4K 197 138
                                    

Pov Marília

- Bom dia filha - Minha mãe fala arrumando a mesa do café da manhã - Acordou cedo.

- Hoje é segunda, mamãe - Dou de ombros - Tenho que ir na empresa Henrique assinar alguns contratos, depois tenho duas reuniões na minha empresa.

- Come alguma coisa antes de ir - Ela fala preocupada e eu me aproximo da mesa e pego um pão de queijo - Assim não, Marília.

- Tchau, mamãe - Falo colocando o pão de queijo na boca e saio de casa rapidamente.

Segunda feira, sete da manhã e eu totalmente apressada porque marquei reunião com os Henrique e esqueci completamente que eles começam trabalhando as seis e meia. Mesmo querendo fechar logo o contrato com eles, maior é a minha ansiedade para ver a morena depois do que aconteceu. Eu mandei inúmeras mensagens para ela, mas Maraisa ignorou todas, mesmo me beijando, dormindo bêbada no meu colo, ela insiste em me ignorar, mas ela pode me ignorar pelas mensagens, mas pessoalmente ela sabe que não chega muito longe, porque sua atração é maior que a sua falta de educação.

Assim que eu chego na empresa, sinto uma pontada forte no colo do útero, eu apenas paro para respirar e volto ao meu caminho. Vou direto para a sala de reuniões deles e assim que eu entro, vejo Maraisa e seu pai, conversando e quando os dois me vê, parecem ficar assustados.

- Desculpa a demora - Falo entrando - E por não bater na poeta.

- Não tem problema, Marília - Marco fala estendendo a mão para mim - Você pode se atrasar, não tem problema.

- Eu perdi o horário - Sorrio simpática para ele e olho para Maraisa que não faz contato visual comigo - Oi, senhora Henrique.

- Oi, Mendonça - Ela fala sem desviar os olhos do celular.

Sorrio de lado com seu jeito envergonhado e sento na cadeira para ler melhor o contrato que eles estão me oferecendo, mas assim que eu pego a caneta para assinar, sinto outra pontada mais forte na minha barriga, que faz eu gemer baixinho de dor e fecho os olhos, tentando voltar ao normal. Tento assinar, mas a dor piora e eu deixo a caneta cair, segurando na borda da mesa.

- Marília, o que foi? - Maraisa pergunta preocupada.

- Deixa ela assinar, Maraisa - Seu pai puxa ela para trás.

Sinto um líquido quente descendo pelas minhas pernas e eu vejo a quantidade de sangue que marca a minha calça branca. Meus olhos enchem de lágrimas e eu sinto a minha pressão caindo.

- Ela não está bem - Maraisa fala se livrando dos braços do seu pai - Marília, eu vou te levar no médico, você consegue andar?

- Tá doendo... - Sussuro baixinho com as lágrimas descendo dos meus olhos.

- Você consegue pelo menos ficar de pé? - Ela pergunta segurando meu rosto e eu nego com a cabeça - Eu vou te ajudar, mas eu preciso que você tente, tá bom?

- Deixa ela assinar, Maraisa - O homem fala pegando a caneta no chão.

- Ela não está bem - Maraisa grita nervosa e percebe só depois - Desculpa, papai, ela... ela não pode assinar assim.

Meu mundo começa a girar e eu seguro na morena com força, desmaiando nós seus braços.

///

Acordo com um barulho repetitivo da máquina de batimentos cardíacos, que faz eu abrir meus olhos aos poucos. Olho ao meu redor e vejo Maraisa sentada na minha cama do hospital, lendo algum livro que eu não consigo reconhecer.

- Oi... - Falo baixinho.

Ela se assusta ao ouvir a minha voz e deixa seu livro cair e se abaixa rapidamente para pegar e quando vai levantar, bate a cabeça na cama, arrancando uma risada da minha boca.

Business Woman (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora