Business Woman (Malila)

28.

Pov Maraisa

- Por que você está ajudando? - Resmungo abraçando Marília por trás - Já está quase tudo pronto.

- Eu disse que iria fazer a sobremesa para a janta, amor - Marília fala cortando as frutas e deixa um beijo na minha bochecha - E você ainda está de pijama?

- Eu não quero me trocar.

Marília começa a rir e volta sua atenção para a tábua, aonde ela corta as coisas, enquanto eu continuo grudada no seu corpo, sentindo o perfume da minha namorada. Passo meu nariz no seu pescoço e vejo seu corpo se arrepiando, arrancando uma risada baixinha da minha boca.

- Você se sente arrepiada toda vez que eu te toco, Mendonça? - Pergunto passando minhas mãos para dentro da sua camiseta.

- Não começa, não começa - Ela fala se contorcendo para mim tirar a sua mão, mas eu subo para os seus seios - Maraisa, para com isso agora.

- Não.

Marília limpa a sua mão no pano rapidamente e se vira nós meus braços, tirando as minhas mãos com força.

- Estamos no meio da cozinha - Marília fala totalmente brava - E meus seios não estão a sua disposição a qualquer momento.

- Estão sim - Sorrio com a língua entre os dentes e abraço a sua cintura - E você gosta.

A loira revira seus olhos e eu deixo um selinho longo na sua boca, arrancando um sorriso de lado dela, que tenta não sorrir para mim.

- Deixa eu continuar o que eu estava fazendo - Ela pede tirando meus braços.

Ela volta a fazer a sua sobremesa e eu volto a ficar grudada com seu corpo, alisando sua barriga por baixo da camiseta.

- Eu quero... - Sussuro quando ela pega o morango para cortar.

- Não, é para o meu bolo.

- Ninguém vai saber.

Minha namorada me olha e revira os olhos, colocando o morango na minha boca.

- Ontem eu conversei com a sua mãe - Ela fala baixinho - Conversamos sobre você.

- O que vocês falaram?

- Eu acho que ela se arrepende de ter deixado você ir, Mara, acho que se ela pudesse fazer diferente ela faria.

- Você vai defender ela? - Pergunto nervosa - Sério?

- Amor... não é iss-

- Se eu pudesse eu também faria diferente e teria escolhido ficar com Maiara - Falo me afastando da loira - Mas arrependimento não traz o tempo de volta.

- Ela pode ter mudad-

Solto Marília e escuto ela me chamando, passo pela sala e vejo a minha família reunida, todos prontos para o jantar. A última coisa que eu quero agora é alguém defendendo aquela mulher, principalmente depois de tudo que eu passei. Ela se arrepender não vai mudar nada na minha vida, não vai tirar meus traumas ou o distúrbios que eu desenvolvi ao longo da minha vida, ela se arrepender, não muda nada.

Entro no meu quarto totalmente nervosa e procuro alguma roupa para trocar e vejo Marília entrando no quarto logo em seguida.

- Não fica brava - Ela pede fechando a porta - Não vamos brigar, sua família está aqui.

- Claro - Concordo nervosa e continuo procurando outra roupa.

- Maraisa... - Marília tenta me segurar mas eu afasto sua mão - Eu não estava defendendo ela, eu só estava dizendo meu ponto de vista.