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{Um mês depois...}

Pov Maraisa

- Seu pé vai ficar inchado um tempinho - A médica avisa retirando o meu gesso - E vai doer um pouco para andar.

- Um "tempinho"? Um tempinho quanto? - Pergunto rapidamente - A outra médica disse que eu estava bem.

- E você está, mas seu pé ficou dois meses imobilizado, agora ele está voltando ao normal.

Resmungo baixinho e Marília solta uma risada no seu canto, fazendo eu olhar brava para ela. Assim que a médica terminar de tirar completamente o gesso e os algodões, Marília se aproxima de mim para me ajudar a sair da sala.

- Vai precisar da minha ajuda ainda, amor - Ela fala rindo.

- Você é a única que gostou disso - Falo baixinho - Sua parte favorita é me ajudar a andar?

- Não, te dar banho.

Olho para ela incrédula e Marília solta um sorriso safado, fazendo eu revirar meus olhos por isso. Marília me ajuda a andar até o carro, aonde ela coloca o cinto de segurança em mim e dá a volta para entrar na parte do motorista, mas eu percebo que ela está totalmente distraída com celular, aliás todos os dias ela está assim, absolutamente todos.

- Lila... amor, vamos - Falo colocando a mão na sua perna - Iríamos almoçar na Mai hoje.

Marília nem percebe o que eu estou falando, está muito distante, o que me deixa completamente irritada, porque ela não é assim.

- Marília, estamos atrasadas - Tento chamar a sua atenção - Precisamos ir.

Tento tampar a tela do celular para vê se ela me olha, mas Marília se assusta e desliga rapidamente o celular, o que me deixa mais irritada ainda, por saber que ela está escondendo algo.

- Desculpa, o que foi? - Ela pergunta me olhando.

- Estamos atrasadas, Marília, eu acabei de dizer.

A loira percebe meu tom grosso de falar, mas não questiona, apenas dá a marcha do carro, para a casa da minha irmã. Esse último mês, ela simplesmente está o tempo inteiro trabalhando, todos os dias, não pega mais folga e fica o dia inteiro em reunião, quase não passando o tempo comigo. Quero ignorar a insegurança mas as vezes se torna muito difícil. No caminho eu vejo que ela tenta chamar a minha atenção, mas eu ignoro as suas interações, prestando atenção totalmente no caminho. Assim que chegamos, eu desço do carro sozinha, mas me arrependo, assim que eu coloco o pé no chão, pela dor

- Puta merda - Resmungo baixinho.

- Deixa eu te ajudar - Marília fala se aproximando - Deve estar doendo, a médica disse que ele está voltando ao normal aos poucos.

- Pelo menos você prestou atenção no que a médica disse - Falo afastando sua mão.

- Eu prestei atenção em tudo o que você disse, Maraisa.

- Claro... eu consigo sozinha.

- Deixa eu te ajudar, para de ser teimosa.

- Eu já disse que consigo sozinha.

Mesmo com dor eu consigo andar sozinha até a porta, tocando a campainha e esperando que Maiara abra a porta logo e assim acontece. Assim que a minha irmã me vê, ela me abraça com força, feliz que eu tirei o gesso.

- O almoço está pronto - Minha irmã fala segurando meu rosto - Luísa que fez.

- Oi, Mai - Marília fala beijando a bochecha da minha irmã antes de entrar na casa e me deixar para trás.

Business Woman (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora