22.

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Pov Maraisa

- São quantos contratos para fechar? - Pergunto para o Bruno - Eu não consigo assinar nada agora, mas eu posso colocar na minha pasta.

- São com sete empresas - Ele fala andando atrás de mim - Sendo duas internacionais e cinco nacionais.

- Os contratos são bons?

- São... igual fizemos com a empresa Mendonça.

Assim que ele fala o contrato que fizemos com a empresa da Marília, eu respiro fundo e continuo meu caminho. Eu entro na minha sala e deixo Bruno passar primeiro, seguindo para a minha mesa, arrumando os contratos e papeis que estão espalhados.

Ainda tenho péssimas memórias dessa sala, mas preciso engolir a seco, já que ainda preciso trabalhar. Pelo menos Marília vai vir me buscar no final do expediente e vamos dormir juntas na minha casa, é a única coisa boa no meu dia inteiro.

Passamos quase uma semana juntas e ao longo desses sete dias, eu fiquei pensando em uma coisa para dar para a minha loira, assim como ela me faz feliz, eu quero fazer ela feliz também.

- Você vai conseguir buscar as alianças que eu te falei? - Pergunto para o Bruno - Eu já mandei fazer.

- Maraisa, não sou seu secretário pessoal, eu sou pago para administr-

- Eu pago a pizza do fim de semana - Falo rapidamente e ele gira na cadeira, me olhando com um sorriso no rosto.

- Feito, eu busco e ainda compro flores - Ele fala rindo e se levanta indo para a porta.

Assim que ele saí da minha sala, eu me sento na cadeira, ligando meu computador para continuar os trabalhos. Mesmo gerenciando praticamente toda a empresa, eu não sou dona, é a minha herança, mas eu ainda não sou dona, meu pai que é, por isso não posso fazer grandes mudanças sem a sua autorização, mesmo eu trabalhando mil vezes mais que ele.

- Oi, Mara - Danilo fala entrando na minha sala - Seu pai disse que teríamos que trabalhar juntos hoje.

- Não temos - Falo sem levantar meu olhar - Eu consigo sozinha.

Ele me ignora e senta na minha frente, arrumando seu notebook na minha mesa. Danilo é só um funcionário, mas tem muito mais mordomia simplesmente por ser um bajulador do meu pai, mais do que qualquer outro funcionário da empresa.

- Fechamos o contrato com a empresa Mendonça, não é? - Ele fala me olhando - Mas parece que não foi só nós negócios, vocês são bem próximas.

- Não faço ideia do que você está falando - Dou de ombros - Eu e Marília somos profissionais.

- Parecem namora-

- A minha vida pessoal não é da sua conta - Falo nervosa - Eu e Marília temos a nossa relação empresarial e a nossa relação como pessoas e amigas, só isso é da sua conta.

- Então você está solteira? - Danilo pergunta claramente com interesse - Ou está com alguém?

- Mesmo se você fosse o último homem do mundo eu iria preferir continuar sozinha - Encerro o assunto se uma vez - Então para você eu sempre vou estar comprometida.

O homem parece ficar incomodado com a minha resposta e não fala mais nada, fazendo eu ficar mais aliviada de não ter que falar sobre a minha vida pessoal com ele. Não é a primeira vez que meu pai tenta arrastar Danilo para mim, também acho que talvez nem seja a última, mas eu não me importo, vou negar quantas vezes for necessário, principalmente porque agora eu estou com alguém, a melhor pessoa que eu já poderia ter conhecido é ninguém é como ela, absolutamente ninguém.

Business Woman (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora