Pov Marília
- Já estamos indo - Minha esposa avisa abrindo a porta da nossa casa - Se algum dos dois acordarem procurando nós du-
- Lu, amor, a gente tem dois sobrinhos agora - Maiara fala animada e coloca as sacolas de brinquedos que ela comprou em cima do sofá.
Não consigo deixar de rir da minha cunhada animada que tem mais uma criança na casa. Assim que falamos que uma menininha de três anos estava em casa, Maiara comprou roupas, brinquedos, pijamas e já diz que ela é a sua sobrinha.
- Lila... vamos amor - Maraisa fala tocando na minha cintura - Não podemos voltar muito tarde.
- Vamos, minha vida...
Maraisa entrelaça as nossas mãos e saímos da nossa casa, no meio da noite. Assim que entramos no carro, Maraisa vai dirigindo, eu do seu lado e Bruno no banco de trás, falando as coordenadas para a minha esposa. Olho para a janela e vejo a chuva forte caindo, os trovões estão fortes e fazem um barulho alto, eu só peço para isso não acordar as crianças, porque sei que eles vão ficar assustados.
- Você está apegada nela - Maraisa fala me olhando - Não está?
- O quê?
- De noite você está abraçada com ela, segurando a sua roupinha - Minha esposa fala sem desviar a sua atenção da estrada - O dia inteiro vocês ficaram grudadas e ela dormiu agora porque só você que fez ela dormir.
- Não tem nada haver com isso...
- Lila... eu sou sua esposa, eu te conheço.
Olho para Maraisa e não sei responder, principalmente porque não ficamos grudadas o dia inteiro porque ela queria ficar comigo, ficamos grudadas o dia inteiro porque eu precisava sentir que ela estava perto de mim, porque assim eu saberia que ela está bem.
- Eu só quero proteger ela - Resmungo me encolhendo no banco - Ela... me lembra um pouco você quando eu te conheci.
- Como assim, amor?
- Você era uma pessoa grossa, ficava na defensiva, mas no final das contas era só...uma menina assustada.
Minha esposa sorri de lado e pega a minha mão, deixando um beijo na nossa aliança, colocando a minha mão na sua coxa logo em seguida. Não demoramos mais de vinte minutos para chegar no endereço que Bruno conseguiu. Eu pego o guarda-chuva e saímos os três do carro.
- Vamos tocar naquela casa - Minha esposa fala apontando para a casa que está do lado - Eles...provavelmente podem nos ajudar.
A casa é pequena, não está cuidada, o portão é de madeira, se quiséssemos entrar não precisaríamos de muito esforço e não é em um bairro muito agradável. Eu me aproximo da casa e bato algumas vezes, até uma senhorinha de idade, os cabelos grisalhos, as marcas fortes de expressão, mas parece ser muro simpática, abrir a porta devagar e nós olhar desconfiada.
- Quem são vocês? - Ela pergunta quase fechando a porta.
- Somos de uma organização que ajuda crianças - Minha esposa fala rapidamente - Desculpa atrapalhar a senhora, mas queremos saber se a senhora possa ter algum conhecimento sobre a família da pequena Marcela.
Assim que a minha esposa fala o nome da pequena, a senhora de idade parece reconhecer e abre a porta para nos três passarmos. Quando entramos na casa, minha esposa rapidamente entrelaça as nossas mãos e me mantém perto dela, como se ela tivesse medo de onde está. Mas para mim, ao olhar essa casa, eu só consigo me lembrar do lar que eu cresci. Era uma casa com uma cozinha, quarto que também era a sala e um banheiro, era muito pequena, mas nunca faltou amor.

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Business Woman (Malila)
FanfictionMarília Dias Mendonça e Carla Maraisa Henrique Pereira, duas mulheres fortes e ambiciosas, se encontram em um conturbado jogo de tabuleiro, aonde quem derrubar mais peças ganha. Elas só não esperavam que uma chama dentro dos seus corações iriam se a...