24.

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{Uma semana depois...}

Pov Maraisa

- Maraisa, você precisa assinar - A minha secretária fala correndo atrás de mim, com papeis nas mãos - São sete novas empresas querendo fund-

- Amanhã eu assino - Falo nervosa - Está no fim do meu expediente e do seu também, pode ir embora, ou melhor, você está de férias. Isso, você está de férias, agora me deixa em paz.

Entro na minha sala nervosa e bato a porta com força. Respiro fundo várias vezes e tento me acalmar de mais um dia estressante de trabalho, tendo que lidar com as consequências de uma atitude que eu tomei, tentando controlar o caos.

Passei o resto da semana passada com Marília, inventando desculpas para não vir trabalhar e encarar meu pai, mas infelizmente eu sou grande responsável pela enorme parte da empresa e tive que vir trabalhar. Hoje eu praticamente fugi o dia inteiro dele, enchendo a sua agenda de reuniões, para ele não vir falar comigo e eu ficar mal novamente, tentando ao meu máximo focar nisso.

Escuto alguém batendo na porta e eu penso que é o Bruno, já que hoje iremos para a minha casa, para a nossa noite da pizza, mas assim que eu abro a porta, encontro a última pessoa que eu queria ver.

- Oi, papai - Falo me afastando dele rapidamente.

Meu pai entra na sala e fecha a porta atrás de si, se aproximando de mim.

- Eu sei aonde você estava essa semana - Ele fala me olhando e se aproximando mais ainda - E Danilo me contou o que aconteceu no estacionamento, por isso você está fugindo de mim.

- Eu não faço ideia do que ele falou, ou deixou de falar - Falo cabisbaixa e tento me afastar, mas acabo batendo na mesa atrás de mim - Essa semana eu estava na Maia-

- Mentira, para de mentir - Ele grita comigo e faz eu me encolher mais ainda - Você estava com aquela mulher.

- Somos amig-

Ele fecha a mão nervoso e joga as coisas da minha mesa no chão, me assustando mais ainda.

- Você sabe o que pode acontecer se ela descobrir do contrato antes da hora, Maraisa? - Meu pai fala com a mão estendida no ar - Estamos fadados ao fracasso.

- Podemos cancelar - Sussuro com os olhos cobertos de lágrimas - Não precisamos prejudicar el-

- Você vai terminar o que vocês tem - Ele manda segurando meu rosto - Seja amizade, namoro, você vai terminar e se afastar.

- Não posso...

- Você vai, principalmente porque ela é uma mulherzinha, que só tem o que tem, porque o pai dela morreu, porque ela é uma qualqu-

- Lava a sua boca para falar da Marília - Falo nervosa e tiro a sua mão do meu rosto.

Ele me olha totalmente incrédulo, já que pela primeira vez em anos, eu retruquei algo que ele falou. Meu peito sobe e desce rapidamente, pela tensão e nervosismo do momento e eu percebo, que eu só tive coragem de responder ele, porque meu amor por Marília e pela minha necessidade de defendê-la é maior do que qualquer medo.

- O que você disse, Maraisa? - Ele pergunta entre os dentes.

- Estamos juntas - Falo de uma vez, quase sem voz pelo choro preso na garganta - Estamos namorando e ela é a melhor pessoa que eu já conheci.

- Ela sabe que você que formou o contrato que vai afundar a empresa dela? - Meu pai pergunta rindo - Ela sabe disso?

- Isso é o que você pensa - Falo e passo por ele, mas o homem me puxa pelo meu rabo de cavalo e eu me viro para ele e por uma atitude impensada, eu empurro meu pai para o chão - Tira as suas mãos de mim.

Business Woman (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora