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{ 3 meses depois...}

Pov Marília

- Nós vamos ir ajudar a mamãe hoje - Falo beijando a barriguinha do meu pequeno - Ela pediu para irmos buscar ela.

Léo começa a rir pelos meus beijos na sua barriga e tenta me parar com as mãozinhas e com seus pezinhos, gargalhando alto.

- Sabia que já está tarde e você deveria ir dormir? - Pergunto rindo também - Já é sete horas, o bebê tem que estar dormindo.

Eu coloco um macacão azul escuro nele e arrumo seus cabelinhos, antes de pegar as suas coisas para irmos até a ONG da minha esposa. No caminho eu coloco uma música no carro e Léo se anima, balançando as perninhas, enquanto segura a sua chupeta na mão, concentrado nós pequenos detalhes da chupeta, passando os dedinhos nos desenhos, com um bico no rosto.

Olho para ele rapidamente pelo retrovisor e não consigo deixar de compará-lo com a minha esposa, já que ele é a sua cara e quando os dois estão concentrados, eles juntam as sobrancelhas e faz um bico na boca, prestando atenção no que estão fazendo. Cada dia que passa Léo está cada dia mais parecido com a minha esposa, até em algumas coisas, quando Léo vai dormir ele precisa segurar alguma mão ou quando vai comer, que fica fazendo barulhos felizes por estar comendo, são nesses pequenos momentos que eu vejo que eu dei a luz a minha esposa em miniatura.

Assim que chegamos, Léo rapidamente sorri animado e começa a bater as perninhas e os bracinhos, entendendo que chegamos para ver a sua mamãe. Mas diferente das outras vezes, assim que entramos na empresa, escutamos gritos dessesperados e parece ser de uma criança, como se alguém tivesse maltratando e machucando. Léo se assusta com esse barulho e para de sorrir, segurando as minhas roupas com força, me olhando assustado. Vou seguindo o choro e vejo que está vindo da sala da minha esposa e eu não penso muito antes de entrar.

Assim que eu abro a porta, vejo Maraisa em pé, olhando os tutores segurando uma menininha, enquanto ela tenta de todas as formas tirar as mãos do seu corpo.

- Oi, amor... - Falo baixinho - O que está acontecendo?

- Acham que o pai bateu nela - Maraisa fala preocupada pegando Léo nos meus braços - Mas ela não deixa ninguém encostar nela.

Olho para a pequena e ela está chorando, pedindo pela mãe, enquanto seus cabelos loiros estão bagunçado e as suas bochechas totalmente vermelhas pelo choro. Os tutores seguram ela com força e eu não consigo parar de pensar que isso deve estar machucado mais ainda a pequena.

- Vocês estão machucando ela - Falo alto - Tentar segurar ela a força só vai assustar ela mais ainda.

Eles me olham e soltam a pequena, que se encolhe pelo medo e continua chorando, mas ela saí correndo para trás do sofá da sala.

- Eu posso tentar? - Pergunto para a minha esposa - Posso tentar falar com ela?

- Pode, amor... - Maraisa concorda rapidamente e manda os tutores saírem da sua sala.

Assim que eles saiem, eu tento me aproximar dela, mas a ela se esconde de baixo do sofá, enquanto chora baixinho, assustada com tudo que está acontecendo.

- Eu não vou te machucar - Falo sentando no chão - Qual o seu nome?

- Eu quero a minha mamãe - Ela responde brava - Eu não gosto de você, eu quero a minha mamãe.

Olho para a minha esposa e ela está apreensiva, sem saber o que fazer, já que é a primeira vez que uma criança chega nesse estado na sua organização. Eu respiro fundo e tento me aproximar mais, mas ela começa a chorar mais alto com isso. Eu consigo apenas ver as suas mãozinhas de baixo do sofá.

Business Woman (Malila) Onde histórias criam vida. Descubra agora