Business Woman (Malila)

56.

Pov Marília

- Meu amor... - Maraisa tenta me acordar com vários beijos no rosto - Precisamor ir nós trocar, já está de noite.

- Não... - Resmungo me encolhendo nos seus braços - Eu estou com sono, já saímos de manhã.

- Lila... essa festa de confraternização é importante, você sabe disso - Ela fala passando a mão no meu rosto - E não precisamos ficar até o final, podemos vir embora antes.

- Eu ainda estou sono - Falo coçando meus olhos.

Minha noiva me olha preocupada e beija a minha cabeça, enquanto alisa a minha bochecha com os dedos. Olho para a janela e está nevando, além de estar de noite, provavelmente já estamos atrasadas para a festa de confraternização. Tentamos sair pela manhã, mas eu acabei me sentindo muito mal e voltamos para o hotel, Maraisa me deu alguns remédios e eu apaguei completamente, só acordei para comer algo e voltei a dormir.

- A dor passou pelo menos? - Ela pergunta procurando meus olhos e eu concordo com a cabeça - Nós precisamos ir.

- Não quero ir.

- Você está sendo mimada, amor.

- Você é mais do que eu.

Maraisa revira os olhos e segura meu rosto, deixando um selinho longo na minha boca. Minha noiva morde meus lábios e começa um beijo de verdade, fazendo minhas mãos irem para o seu pescoço, aprofundando esse contato. A morena tira a coberta dos nossos corpos e sorri quando eu abro as pernas automaticamente. Ela segura as minhas pernas e abre mais, levando sua boca para o meu pescoço.

- Maraisa...

- Você vai... - Maraisa sussura beijando meu pescoço - Levantar e tomar um banho, vamos sair.

Ela levanta e se afasta de mim, me deixando completamente paralisada na cama, com as minhas expectativas no chão. Sento rapidamente e cruzo meus braços, brava com a morena que ao ver meu rosto ela começa a rir.

- Lila... confirmamos presença - Ela fala rindo - Depois eu te dou o que você quiser.

- Depois eu vou estar cansada.

Minha noiva se aproxima de mim e deixa um beijo na minha cabeça, colocando a toalha nas minhas mãos. Pego a toalha com raiva e vou para o banheiro, tomar banho para sairmos. Assim que eu entro debaixo da água, Léo começa a chutar, arrancando uma risada da minha boca todas as vezes que ele fez isso.

É tão estranho pensar que a um pouco mais de um ano atrás, eu tinha desistido da ideia de ser mãe, simplesmente porque meus óvulos não faziam o seu trabalho e eu sempre perdia os bebês, eu estava desiludida, a ideia de ser mãe só passava pela minha cabeça se fosse adoção, nunca um filho gerado em mim. Mas com o passar desse ano, aconteceu tantas coisas que mudou completamente o fluxo da minha vida, aconteceram tantas coisas que eu não esperava que fosse chegar aonde estou hoje, não fazia ideia.

Em um ano eu me tornei namorada, noiva, mãe, cunhada, melhor amiga, chefe da maior empresa do Brasil, dona de uma das ONGs que mais ajudam crianças de todo o país, mas nada disso eu consegui sozinha. Ao longo de um ano, nós construímos tantas coisas, estamos construindo nosso legado, sempre unidas, como um casal, sempre juntas.

Quando eu vou sair do banho, sinto uma pontada na barriga, que me faz segurar no box do banheiro. A dor dura menos de dois minutos e passa completamente, fazendo eu respirar aliviada e sair do banheiro. Assim que eu abro a porta, vejo a minha noiva de calça de cintura alta preta e um blaizer também preto, além da sua camiseta social por baixo e a gravata no seu pescoço. Fico alguns segundos paralisada olhando para ela, vendo a morena arrumando a roupa no seu corpo, sem perceber que eu estou babando no seu corpo.