Depois que Mia me deu o beijo na bochecha e saiu andando sem olhar para trás, entrei de voltar para minha casa rindo. Como pode alguém em três dias ter perturbado minha cabeça assim?
Tentei dar uma organizada na cozinha para que quando Fernando chegasse ele não me matasse pela zona que eu fiz só para servir algumas panquecas.
Subi para meu quarto e peguei as coisas do treino. Enquanto descia, meu celular não parava de chegar mensagens de Gavi avisando para eu não o esquecer.
Quando parei na frente da casa do Gavi ele já estava lá fora, emburrado e encostado no muro. Ele entrou no carro e eu fiz sinal do moletom.
— Toda vez agora?
— Aprenda a passar perfume sem gastar um vidro inteiro.
— Devia ter pedido pra Maya me levar.
— Ela com certeza ia te levar. — Disse rindo.
— Ela me ama, tá?
Ele me encarou e parecia uma criança birrenta, o que só me fez rir mais.
— Com certeza ela te ama, mas acho que ela ama mais a irmã... E olha que eu nem sei o que aconteceu.
— Não fala disso... — Murmurou.
O olhei rápido e ele estava olhando para a janela, vendo o celular a cada um minuto. Ele parecia ansioso.
— Porque você não para de ver o celular?
— Eu coloquei notificação no voo da Manu pra que quando chegasse, me avisasse.
— Eu não sei mesmo o que aconteceu entre vocês, mas todos estão dizendo que dá para consertar, então eu acho que você pode tentar.
— Não é tão simples... — Ele me olhou, e respirou fundo. — Resumindo, nós nos conhecemos desde que cheguei aqui, o pai dela foi meu empresário durante a época do La Masia. A gente cresceu juntos e em um certo ponto começamos a namorar, mas eu ferrei tudo.
— Você ainda a ama, não é?
— Você não sabe como!
Ouvir Gavi dizer aquilo me surpreendeu. Ele não era muito de demonstrar sentimentos, embora ele fosse uma pessoa muito de toque físico, falar como ele se sentia nunca foi o forte dele.
— Você pode tentar, e deveria.
Gavi apenas assentiu enquanto eu apertava seu ombro. Ele deu um sorriso fraco e desceu primeiro que eu quando chegamos no CT.
No vestiário, já tinha um pessoal, mas não muitos já que estávamos um pouco adiantados.
— Oi meninos, bom dia!
Nos viramos e demos de cara com a Sarah. Ela era a nossa criadora de conteúdo, e sempre que ela aparecia no vestiário, era porque ela precisava usar nossas carinhas para alguma coisa.
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vecinos || pedri gonzález
Romance"Livro 1 da série Barcelona" Mia não esperava que sua mudança e de seus primos de volta para Barcelona depois de quatro anos causaria tantas mudanças em sua vida. Ao ter dificuldades em achar uma casa em Barcelona, Mia acaba recorrendo a sua prima m...