"Livro 1 da série Barcelona"
Mia não esperava que sua mudança e de seus primos de volta para Barcelona depois de quatro anos causaria tantas mudanças em sua vida.
Ao ter dificuldades em achar uma casa em Barcelona, Mia acaba recorrendo a sua prima m...
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A ficha que eu ia ser pai de um casal de gêmeos, ainda não havia caído. Já fazia uma semana desde o chá revelação e eu continuava com o sorriso bobo no meu rosto toda vez que eu lembrava.
Ou seja, toda hora!
Mia estava com quase quatro meses e os bebês já estavam chutando de vez em quando. De acordo com a Dra. Alana, Alex estava no lado esquerdo e Ayla no lado direito.
Alex era o que mais chutava quando eu encostava meu rosto na barriga de Mia e começava a conversar com eles. Ayla aparentava ser mais quietinha e sempre chutava quando eu implorava para ela chutar... De acordo com Mia, eles não entendem o que eu falo, mas na minha cabeça, eles entendem sim.
Mia também já estava com uma barriguinha um pouco maior e toda vez que eu a via no CT, sentia vontade de sair correndo e abraçá-la. Eu era apaixonado por aquela mulher.
Assim como nas últimas semanas, toda vez que venho para o CT, fico na sessão de fisioterapia, e eu não sei como isso virou quase um ponto de encontro. Eu, De Jong e Raphinha sempre estávamos juntos tratando das nossas lesões.
Seria engraçado se não fosse trágico a cara de desespero do Jordi. O único papel dele era fazer com que ficássemos bem e recuperados o mais rápido possível, e eu tenho certeza de que ele estava quase se tornando um preparador físico também.
Maya continuava indo nas sessões de fisioterapia sempre que podia, assim como continuava a dizer que ali era silêncio e ela conseguia preencher seus arquivos, mesmo com nós três falando mais que a boca.
Era segunda-feira e eu acordei cedo como sempre. Mia ainda dormia e, como rotina antes de sair, deixei um beijo em sua barriga e nela. Fer havia deixado o café da manhã pronto junto com uma mensagem avisando que ia correr. Na maioria dos dias, eu chegava antes de Mia, então, antes que ela acordasse, eu já havia saído de casa.
Cheguei no CT por volta das oito da manhã e já havia alguns carros ali, incluindo o da Maya. Os dias obrigatórios dela de vir aqui para atender são quartas e sextas, mas, aparentemente, percebi que em semanas de dois jogos, ela vinha mais de uma vez.
As minhas consultas com a Clarisa estão indo bem também... Passei a ser mais do "sincero" e falar mais nas consultas, e de certa forma, estava me ajudando bastante.
Deixei minhas coisas no vestiário antes de me trocar e ir para a sala de fisioterapia. De Jong e Raphinha já estavam lá quando eu cheguei. Cumprimentei os dois e me sentei em uma das macas esperando Jordi e sua equipe.
— Bom dia! — Maya disse alegre, entrando na sala. — Parece que tá cada dia mais cheio aqui... — Fez uma careta.
— Jura?! — Perguntei irônico, recebendo o dedo do meio dela. — Porque está aqui?
— Tem jogo amanhã, caso não saiba, coxa quebrada. — Ela me olhou com ironia.
Sim, ela havia me dado um apelido... Coxa quebrada!
