Capítulo 33 - Convites

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Se Gavi sempre reclamava que eu demorava, hoje eu poderia reclamar também!

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Se Gavi sempre reclamava que eu demorava, hoje eu poderia reclamar também!

Estava parado em frente da casa dele há 10 minutos, e duas vezes Aurora foi até o portão dizendo que ele já estava vindo. Faltava muito pouco pra eu deixá-lo ir a pé e ir sozinho.

— Cacete! — Disse assim que ele entrou no carro. — Está pronto, princesa?

Ele me olhou com um olhar mortal.

— Porque não me avisou que a Manu ia?

Eita...

— Como sabe?

— Ela postou um storie, idiota. Porque não me falou?

— Sei lá? Achei que não seria relevante e que isso te atrapalharia pro jogo. Porque demorou tanto?

— Estava tentando achar justamente uma desculpa pra isso, Pedri! — Puxou o cinto com tudo, e obviamente, ele travou. — Porra!

— Ei!

Puxei o cinto de sua mão e o prendi. Gavi tinha o cotovelo na janela e a mão na testa enquanto respirava fundo.

— Calma, cara... — Apertei seu ombro.

— Ela vai no jogo... — Murmurou, virando o rosto pra mim. — Pedri, eu não quero ver ela agora... Não desse jeito.

— Porque? Eu pensei que queria vê-la...

— É óbvio que eu quero! Mas não em um jogo com milhões de pessoas vendo... Eu não quero que ela se sinta exposta ou algo do tipo de novo.

— De novo?

Paramos no farol e eu aproveitei para encara-lo. Aquela história era muito complexa e confusa, e a cada acontecimento solto que eu descobria, mais confuso eu ficava.

— É... De novo! — Mordeu a bochecha. — Nós não estávamos nos falando quando ela foi para Berlim por causa das atitudes de alguns amigos meus da época. — Fez aspas no "amigos". — Eu não queria, nunca foi minha intenção, mas fizeram a minha cabeça e eu não consigo aceitar que deixei me manipularem do jeito que me manipularam.

Comecei a perceber que Gavi estava ficando nervoso, e ele nervoso antes de um jogo significa cartões amarelos e eu separando-o das brigas. Então, por mais forte que fosse minha curiosidade, ela poderia esperar um pouco mais.

— Esquece isso, tá? Pelo menos por hoje... Preciso da sua ajuda e você não pode fazer isso de cabeça quente.

Ele me olhou curioso.

— Que ajuda?

— Então... — Cocei minha garganta. — Pedi para Sarah alguns dias de folga pra Mia e como nós temos alguns dias também, pensei em leva-la para Somorrostro.

Gavi me olhou malicioso, me empurrando pelo ombro.

— Não começa. — Murmurei rindo.

— Porra, Pedri... Os gêmeos pequenos vão naquela casa tá?

vecinos || pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora