Quarta-feira, 19 de Junho, 2024
— Mia!
Acho que eu nunca me assustei tanto com a voz do Pedri. Estávamos em ligação e o som no notebook estava no último. Os bebês estavam acordados e na cama rodeados de travesseiros. Eu precisava fazer xixi e Pedri disse que estava olhando os bebês...
Menos de um minuto, eu ouvi o grito do Pedri.
Saí do banheiro com as mãos molhadas, secando na roupa, procurando algo que estivesse errado na cama. Os travesseiros estavam nos lugares e os bebês também. O que o Pedri tinha visto?
— Mia! A Ayla se virou!
O susto foi tanto, que eu não percebi que a Ayla estava deitada de bruços na cama, olhando para o Pedri. Entreabri a minha boca em um tremendo susto, sentando na cama e a pegando no colo.
— Ayla! Meu Deus, você tem só dois meses, amor, o que é isso?
— Ela já tinha feito isso antes? — Pedri perguntou, tão surpreso quanto eu.
— Não. — Neguei. — Eu os coloco de bruços no tapetinho uma vez por dia, mas eles nunca se viraram. Isso é normal?
— Eu não sei... Calma aí.
Pedri pegou seu celular e começou a digitar algo. Alex olhava curioso pra mim e sua irmã. Eu virava Ayla de todos os lados para ter certeza que ela estava bem, mesmo sendo impossível ela ter se machucado em uma cama fofa e rodeada de travesseiros.
Pedri fez uma careta enquanto lia a tela do celular.
— Parece que alguns bebês podem começar a se virar cedo, mas é raro. Nossa bebê é uma bebê rara, então?
Olhei para a Ayla que tinha um pequeno sorriso no rosto, igual o do Pedri. Os dois eram a cópia perfeita do Pedri, todos os traços e características faciais. O que mais me chocava, era o olho: o olho dos dois, era idêntico ao do Pedri.
Eu brincava que ficava brava por isso, por eu ter gerado eles por 9 meses, para no fim, saírem a cópia do Pedri, mas eu amava. Eu amava o fato dos meus filhos terem a cara do pai deles...
A única coisa que eles puxaram para mim foi o nariz. Pensei que eles teriam olho claro por conta da minha família. Maya, Matteo, os quatro gêmeos... Todos tem olhos claros, mas a família inteira do Pedri tem olho escuro, e eu também. A genética foi perfeita. Meus bebês possuem características dos dois lados.
Concordei com a cabeça, ainda tentando processar a cena. A pequena parecia satisfeita com a atenção, balbuciando alegremente, enquanto eu colocava Ayla de volta na cama, ainda de costas.
— Você não pode assustar a mamãe assim, dona Ayla. — Toquei na ponta do seu nariz. — O berro do seu pai me assustou.
Olhei para a tela do notebook, onde Pedri segurava uma risada.
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vecinos || pedri gonzález
Romance"Livro 1 da série Barcelona" Mia não esperava que sua mudança e de seus primos de volta para Barcelona depois de quatro anos causaria tantas mudanças em sua vida. Ao ter dificuldades em achar uma casa em Barcelona, Mia acaba recorrendo a sua prima m...