Com toda certeza eu entendia porque Maya estava perdendo completamente sua sanidade mental!
Ser responsável por milhões de empresas e sedes ao redor do mundo, ser advogada e psicóloga e também mãe de gêmeos, realmente não era para qualquer um.
Fazia algum tempo que eu não ficava somente eu com os gêmeos. A última vez que isso aconteceu foi nas férias do ano passado e estávamos na casa de praia em Miami Beach, ou seja, não havia perigo deles sumirem, somente de colocar fogo em casa.
Mas aqui, era somente eu e eles andando por Barcelona. Os dois eram extremamente inquietos, principalmente Arthur que não para quieto.
Sabe quando o cachorro fica te puxando pela coleira? Então, eu me sentia a cachorra do Arthur!
— Arthur! — Gritei, e ele me olhou risonho. — Segura na minha mão pra atravessar a rua.
Revirando os olhinhos, ele voltou para perto de mim, segurando minha mão. Para meu azar, infelizmente havia achado uma vaga para estacionar um pouco longe do restaurante, e por isso tive que sair andando alguns metros com aqueles dois pestinhas.
Não me levem a mal... Eu amo eles, principalmente quando eu tenho que exercer somente o papel de tia legal, sem ter que ser responsável por eles pelas ruas e lugares.
— Você está me arrastando, Arthur. — Segurei mais forte em sua mão.
Aonde aquele cotoco de gente tinha tanta força?
— Arthur, vem cavalinho.
Não dava! Preferia ficar com dor nas costas do que me sentir uma cachorra sendo arrastada!
Obviamente, que prontamente em questão de segundos, Arthur já estava se pendurando nas minhas costas. Ia ser uma missão difícil andar de mãos dadas com Alice enquanto a outra segurava Arthur nas minhas costas.
Porém, só tínhamos que atravessar a rua, então não foi tão difícil. Quando pisamos no outro lado da rua, na frente do restaurante, escutei as risadas de Pedri e Gavi que viravam a esquina.
— Tudo bem aí? — Pedri perguntou enquanto descia Arthur das minhas costas.
— Arthur acordou mais animado do que o normal hoje, só pode. — Reclamei. — Arthur, a mão!
Eu estendi minha mão com a intenção que ele segurasse na minha mão, mas ele segurou na mão de Pedri, o que fez com que eu revirasse os olhos e Pedri e Gavi rissem.
— Maya tem que doar o Arthur pro Pedri. — Gavi disse rindo.
— Eu iria amar! — Pedri disse, apertando a bochecha de Arthur.
Entramos no restaurante e pegamos a mesa mais afastada por conta dos dois. Coloquei Arthur e Alice um do lado do outro e eu fiquei ao lado de Arthur que era capaz de virar aquela mesa de ponta cabeça.
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vecinos || pedri gonzález
Romance"Livro 1 da série Barcelona" Mia não esperava que sua mudança e de seus primos de volta para Barcelona depois de quatro anos causaria tantas mudanças em sua vida. Ao ter dificuldades em achar uma casa em Barcelona, Mia acaba recorrendo a sua prima m...