Capítulo 120 - Arquitetura

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Em algum momento da minha adolescência, lembro de estar em dúvida sobre o que fazer na faculdade e por um breve momento, cogitei a arquitetura

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Em algum momento da minha adolescência, lembro de estar em dúvida sobre o que fazer na faculdade e por um breve momento, cogitei a arquitetura. Eu sempre soube desenhar bem, era boa nas aulas de artes e a professora sempre me disse que tinha talento para arte, então pensei: por que não?

A partir disso, falei para a Maya que queria fazer arquitetura. Obviamente, a Maya me apoiou e disse que eu deveria fazer o que eu gostasse e amasse. Na época, ela teve a brilhante ideia de falar com a mãe da Sol, a Júlia, que trabalhava com algumas arquitetas em suas imobiliárias.

Dois dias foram suficientes para que eu percebesse que aquilo não era para mim. Era muita coisa! Pensei que era só desenhar as casas, mas não... Era tanta coisa que desisti; definitivamente, aquilo não era para mim!

Falei para a Maya e comecei a entrar em desespero. Em alguns poucos meses, eu ia terminar a escola e não sabia o que queria fazer. Não tinha um norte, nem sul... Nada! Maya disse que eu não precisava ter pressa e poderia entrar na faculdade no próximo ano ou quando encontrasse algo que eu realmente gostasse.

Mas eu não queria entrar no próximo ano e perder tempo. Lembro de estar com o Matteo em uma reunião da empresa, algo sobre o marketing de um próximo lançamento de remédio. Até hoje, não sei por qual motivo fui àquela reunião e nem por que Matteo quis me levar, mas de qualquer forma, ali eu me encontrei.

Achei fascinante o universo de marketing e publicidade. Meus olhos brilhavam enquanto eu ouvia o pessoal da equipe da empresa falar sem parar, com diversas ideias, e ali eu percebi que havia nascido para o marketing e publicidade também.

E, olhando agora, depois de quase cinco anos, eu definitivamente não me daria bem em arquitetura e nada que envolvesse decoração.

— Mia, que ideia é essa, minha filha? — Fer me encarou perplexo. — Os gêmeos vão ser bebês por bastante tempo.

— É, não acho que isso seja legal não... — Pedri coçou a nuca.

Que mal tinha uma piscina de bolinhas no quarto? Criança gosta de brincar!

— Vocês nunca viram aqueles quartos com brinquedão? — Encarei eles. — É didático, divertido...

— Eu não acho que isso seja didático. — Fer fez uma careta. — Você falou com a Maya?

— Ela está em Valladolid, tem jogo do Gavi hoje. — Respondi, prendendo meu cabelo.

— E como ela fez o quarto dos gêmeos quando eles nasceram? — Pedri me olhou.

— Ahhh, isso eu tenho foto!

Peguei o iPad entrando na galeria. Eu basicamente guardava tudo lá, e tinha cada pérola, meu Deus do céu!

Lembro da Maya ter feito o quarto dos gêmeos quando eles nasceram no método Montessori. Não era ruim, pelo contrário, eu achava excelente, mas tenho certeza de que minha coluna não aguentaria ficar agachando o tempo todo.

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