Capítulo 78 - Teste

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— Não vomita no táxi, pelo amor de Deus

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— Não vomita no táxi, pelo amor de Deus. — Maya murmurou, enquanto me olhava séria. — Moço, pode parar em uma farmácia por favor?

Ele assentiu e Maya o agradeceu com um sorriso pelo retrovisor. Ela voltou a me olhar e claramente ela estava preocupada. Eu sentia todo o meu estômago revirar e meu corpo suar frio, ao mesmo tempo que tremia. Eu nunca tinha passado tão mal assim na minha vida.

O táxi parou na farmácia e Maya desceu apressada. Senti o olhar do motorista sobre mim e eu estava tentando mostrar que não estava prestes a colocar todos os meus órgãos para fora.

Maya voltou rápido com a sacolinha da farmácia e sentou ao meu lado novamente. Eu tentei espiar o que havia na sacolinha e ela apenas negou. Vi que ela digitava algo no celular para o Brad, e quando terminou, puxou minha cabeça para que eu encostasse em seu ombro.

Quando chegamos no hotel, Maya passou o braço pela minha cintura e deixou com que eu me apoiasse nela. Quem olhava para aquela cena, no mínimo, devia achar que eu estava bêbada e drogada.

Subimos para o meu quarto e no segundo em que Maya abriu a porta, eu corri para o banheiro vomitando tudo o que eu não tinha comido ao longo do dia. Maya em segundos estava ao meu lado, segurando meu cabelo e passando a mão pelas minhas costas, enquanto eu chorava e sentia minha garganta arder.

Me encostei na parede do banheiro, deixando com que as lágrimas caíssem soltas sem controle pelo meu rosto. Maya me olhava preocupada e me puxou para um abraço.

— Eu comprei um teste pra você. — Murmurou.

— E-eu n-não quero...

— Mia, por favor. — Segurou meu rosto. — Você me convenceu a fazer um teste a quase sete anos atrás. Foi você que me deu coragem e disse que se eu estivesse grávida, estaria comigo mesmo estando na adolescência... Faz esse teste, Mia, se você não estiver grávida, tem algo acontecendo com você.

Balancei a cabeça, chorando e Maya voltou a me abraçar. Eu me sentia como uma criança que caiu do balanço e estava com o joelho ralado chorando desesperada no colo da mãe.

— O P-pedri...

— Mia, ele te ama... Ele não vai te julgar, te humilhar ou terminar com você. — Balançou a cabeça, secando as minhas lágrimas. — Por favor, faça o teste, prima.

Mesmo contra gosto, eu assenti e vi um sorriso fraco surgir no rosto da Maya. Ela me ajudou a levantar e me colocou sentada na privada. Tentei secar as minhas lágrimas e respirar fundo, antes que eu me desesperasse ainda mais.

— Eu comprei quatro testes, e você vai fazer os quatro para não dar erro. — Disse, enquanto os tirava da sacolinha.

— Como que faz isso? — Perguntei confusa, e Maya riu.

— Você vai fazer xixi no palitinho, aqui.

Maya pegou as instruções que vinham junto com o teste e leu atentamente comigo e me explicou como deveria fazer. Ela abriu as quatro caixinhas dos testes e os colocou na pia, saindo do banheiro logo em seguida e me dando um beijo na testa.

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