— Puta que pariu!
Revirei os ao escutar o berro do Gavi assim que ele entrou no meu carro, colocando a bolsa dele no banco de trás.
— Você nasceu de quantos meses?
— E você? Ficou quanto tempo na barriga da tia Aurora pra ser tão enrolão?
— Não anda transando com a Mia? Só assim pra explicar todo esse estresse... — Me encarou.
— Hahaha! — Fechei a cara. — Estou tenso, só isso.
— A La Liga já é nossa, cara, relaxa.
— Não consigo ser calmo assim como você... Acordei hoje com sete mensagens da Maya perguntando se estava tudo bem e se eu queria ligar pra ela.
— E você ligou? — Neguei. — Porra, Pedri! Quando a Maya oferece ajuda, tem que aceitar, ela faz milagres.
— Eu sei que ela faz milagres, mas acho que hoje ela não faria milagres. — Fiz uma careta.
— Isso tem a ver com a sua lesão também, não tem?
— É... — Mordi a bochecha. — Também. Ainda sinto um desconforto de vez em quando, é uma porra ficar sentindo desconforto.
— Você ficou forçando pra voltar também, né? — Me encarou feio.
Só o que me faltava o moleque de 18 anos me dando lição de moral. Revirei os olhos e mudei de assunto até chegarmos no CT para irmos para o estádio do Espanyol, em Cornellà de Llobregat. Os jogadores foram chegando ao mesmo tempo, e somente Xavi e a comissão técnica dele, junto da Mia e Sarah que já estavam lá.
Me aproximei das duas para cumprimenta-las como se não quisesse nada. Sarah revirou os olhos e eu ri, uma vez que ela já havia reclamado de ser usada para eu poder cumprimentar a Mia.
Depois de cumprimentar Sarah mesmo com ela fazendo cara feia, me aproximei da Mia, apertando sua cintura e dando um abraço apertado. Ela sorriu quando me afastei e sabia que ela estava preocupada com o meu nível de ansiedade nos últimos dias.
— Arthur!
Me assustei ao ouvir o grito da Maya na porta da sala de descanso do CT. Arthur vinha correndo em minha direção, enquanto Alice se debatia no colo dela e logo foi parar no colo do Gavi.
— O que é isso? — Mia encarou a prima, rindo.
— Vamos com vocês em outro ônibus. — Maya respondeu animada. — Laporta está mesmo interessado no patrocínio!
Peguei Arthur no colo, fazendo um toque com ele. Atrás da Maya, estavam Brad, Matteo, Nick e Manu, e Gavi quando a viu, saiu andando com Alice para o lado oposto.
— E aí carinha, vai torcer por mim hoje?
— Claro, tio Pedri! Vim com a camiseta que me deu.
Estiquei meu pescoço para trás vendo a camiseta do Barça amarela com o meu número e minha assinatura. Sorri para Arthur e beijei sua bochecha, o colocando no chão antes de cumprimentar a família Azevedo Martinez.
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vecinos || pedri gonzález
Romance"Livro 1 da série Barcelona" Mia não esperava que sua mudança e de seus primos de volta para Barcelona depois de quatro anos causaria tantas mudanças em sua vida. Ao ter dificuldades em achar uma casa em Barcelona, Mia acaba recorrendo a sua prima m...