Capítulo 112 - Berlim

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Eu amava o Arthur, amava mesmo e eu faria loucuras por aquele menino, mas a loucura que eu estava prestes a fazer era achar alguma forma de fechar a matraca dele, que estava pior do que um rádio às oito da manhã

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Eu amava o Arthur, amava mesmo e eu faria loucuras por aquele menino, mas a loucura que eu estava prestes a fazer era achar alguma forma de fechar a matraca dele, que estava pior do que um rádio às oito da manhã.

Já estávamos no aeroporto, e todo mundo estava meio morto, principalmente eu, a Maya e o Gavi, que havíamos tido um dia corrido ontem, com dois voos e jogo... E hoje teríamos que pegar mais um voo para Berlim.

Ao contrário de nós, o Arthur estava bem descansado e corria sem parar pelo aeroporto. Brad tinha a missão de controlá-lo, mas ele com certeza dormiu ligado na tomada para estar tão elétrico daquele jeito.

Maya e Brad faziam um papel ótimo na educação dos gêmeos, e Deus queira que eu e Pedri consigamos fazer um por cento do que eles fazem, mas eles ainda não encontraram um método que controle a hiperatividade do Arthur que surgiu desde quando ele aprendeu a andar.

Ou seja, sete anos que ele vem deixando todo mundo de cabelos em pé.

Como sempre, sendo a gêmea oposta do Tutu, a Lice odiava acordar cedo e lidar com pessoas logo de manhã. Ela só tinha sete anos, era muito novinha ainda, mas já dava para notar sua personalidade forte de uma adolescente de quase doze anos no mínimo.

Já havia perdido as contas de quantas vezes ela revirou os olhos quando Arthur foi tentar puxá-la para brincar junto com ele.

Ela estava sentada ao meu lado no banco dentro do hangar privado do aeroporto, enquanto esperávamos o jatinho estar pronto para podermos embarcar. Eu fazia cafuné nela, e ela tinha suas mãozinhas sobre a minha barriga, fazendo um carinho de leve, do mesmo jeito que eu via o Gavi fazer na Maya.

Ele, Manu, Nick, Sol e Matteo estavam no banco à frente de nós, e até mesmo o Matteo tentou fazer o Arthur ficar quieto prometendo que compraria um presente, mas claramente, aquilo não adiantou... Agora Matteo teria que comprar um presente se não, não teria paz do sobrinho.

— Tutu...

Levantei minha cabeça do banco, olhando para o Pedri que estava indo até o Arthur, que estava engatinhando em algumas cadeiras vazias, correndo, pegando impulso e fazendo tudo de novo. Brad o encarava de braços cruzados, segurando uma de suas pernas no banco, esperando que ele percebesse o que estava fazendo... Eu já teria gritado.

— Por que você não descansa um pouco, carinha? — Pedri agachou em sua frente. — Vem comigo ficar com a tia Mia e a sua irmã, o que acha? Aí você pode me contar como estão sendo suas aulas de karatê.

Arthur assentiu e desceu do banco de mãos dadas com o Pedri, sentando ao meu lado em seu colo. Tive que me segurar para não rir quando vi a Alice olhar feio, balançando a cabeça.

— Filho... O que o papai já disse sobre você se comportar mal nos lugares? — Brad se agachou em sua frente, olhando sério para ele. — Estamos em um lugar em que as pessoas estão trabalhando, e todo mundo está cansado aqui. Pedi pra você parar várias vezes e você não parou... Eu não gosto de brigar com você, mas eu e a mamãe também não gostamos que você nos desobedeça... Você já está grandinho e deve saber o momento de brincar ou não, entendeu Arthur?

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