Capítulo 117 - Recuperado

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Terça-feira, 31 de Outubro, 2023

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Terça-feira, 31 de Outubro, 2023

Balançava meu pé ansioso ao mesmo tempo que roía a unha do meu dedão. Gavi estava ao meu lado passando pelos vídeos do TikTok com um volume um tanto quanto alto.

— Abaixa isso. — O cutuquei.

— Não está alto.

Olhei feio para ele e revirei os olhos. Me inclinei para olhar na porta novamente e nenhuma movimentação. Não é possível que o Ferran ainda esteja lá.

— Oi, meninos.

Me virei dando de cara com a Helena. Ela tinha um sorriso simpático no rosto, mas nos encarava confusa segurando a maçaneta de sua porta.

— Estão esperando a Maya?

— É... — Assenti.

Helena olhou para seu relógio, me olhando em seguida.

— Provavelmente em poucos minutos a consulta dela acaba. Se precisarem de alguma coisa, podem me chamar.

Eu e Gavi demos um aceno com a cabeça concordando. Helena entrou em sua sala, fechando a porta em seguida, e eu voltei a olhar para a porta fechada da Maya.

— Ferran já tomou coragem para falar com ela?

— O quê? — Encarei o Gavi confuso. — Eu lá estou preocupado com o Ferran, cara? Preciso que ele saia dessa sala logo, isso sim.

— A Maya vai te xingar tanto... — Murmurou.

— Porque você acha que está aqui então?

Gavi me olhou surpreso, guardando o celular no bolso e dando um soco no meu ombro.

— Seu filho da puta! Acha que só porque eu estou aqui a Maya não vai te xingar?

— Sim? — Dei de ombros.

— Ela vai xingar nós dois, fica vendo. — Balançou a cabeça em negação.

Encostei na cadeira novamente observando aquele corredor. Antes, eu mal ia ali, agora, toda quarta-feira e sexta-feira estou batendo ponto na sala da Clarisa. Sorte minha que ela não está aqui hoje, porque se tivesse me vendo nessa situação à beira de uma crise de ansiedade, ela já teria me matado.

De acordo com o Gavi, aquele corredor parecia muito com a decoração da clínica da Maya, e isso explica muita coisa... Quase ninguém usava aquele corredor antes, e agora, há quadros nas paredes e até mesmo flores, além de frases positivas.

Não posso negar que ficou bonitinho.

Quando ouvi os saltos da Maya baterem contra o chão, cutuquei o Gavi e me ajeitei na cadeira.

— Nos vemos amanh...

A voz da Maya sumiu no exato momento em que ela abriu a porta e saiu junto com o Ferran. Seus olhos foram diretos para mim e para o Gavi, que tinha a mão no rosto com a intenção de se esconder.

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