Capítulo 80 - Surpresa Inesperada

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Mia estava estranha

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Mia estava estranha... Mais estranha do que os outros dias.

Ela deixou a toalha sobre a cama e veio até mim, me abraçando. Rodeei sua cintura com os meus braços, me acalmando em saber que ela estava bem, mesmo que ela estivesse agindo estranhamente... Estranha.

— Oi gatinha. — Segurei seu rosto, dando um selinho. — Como você está? Está melhor?

— Sim. — Assentiu, colocando suas mãos sobre as minhas. — Maya me ajudou.

— Eu sei que ela te ajudou. — Ri, balançando a cabeça. — Ela não deixou com que eu entrasse no seu quarto e ainda obrigou eu e os meninos descermos para comermos junto com ela, porque segundo ela, se não comesse o mais rápido possível, ela estaria desmaiando igual a você.

Mia começou a rir e apoiou sua testa sobre meu ombro. Dei um beijo no topo da sua cabeça e franzi o cenho quando olhei para sua cama, vendo uma pequena caixinha azul e vermelha, com um laço amarelo.

— Gatinha. — Sussurrei, e ela me olhou. — O que é isso?

Mia se virou para cama e notei que ela havia ficado nervosa. Ela me olhou e tentou falar algo, mas não conseguiu, então apenas sorriu fechado e me puxou pela mão até a cama.

— Senta aqui. — Ela me empurrou pelos ombros até que eu sentasse na cama. — Preciso te contar uma coisa.

Senti meu coração acelerar e assenti, olhando pra ela.

— E o que é?

— Isso. — Apontou para a caixinha sobre a cama.

— Hum... — Fiz um biquinho, analisando a caixinha. — E eu posso abrir?

— Calma.

Mia segurou meu rosto e juntou nossos lábios, em um longo selinho. Quando nos separamos, Mia tinha a respiração ofegante e seus olhos estavam marejados.

— E-eu... Te amo. — Murmurou.

Sorri, a puxando para mim, até que ela estivesse no meu colo com os meus braços ao redor da sua cintura.

— Eu também te amo, gatinha, muito. — Beijei sua bochecha. — Você é o amor da minha vida.

— Você também é o da minha.

A voz dela estava embargada e seu comportamento já estava estranho novamente. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto e eu a sequei, um pouco preocupado.

— Porque está assim, amor?

— N-não sei. — Balançou a cabeça, sorrindo. — Pode abrir a caixinha se quiser.

— Mesmo? — A encarei desconfiada. — Você aparenta estar com medo, Mia. — Fiz um carinho em sua bochecha. — Porque está assim?

— N-não é nada... Só... — Respirou fundo, secando outra lágrima que havia escapado. — Abra a caixinha.

vecinos || pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora