"Livro 1 da série Barcelona"
Mia não esperava que sua mudança e de seus primos de volta para Barcelona depois de quatro anos causaria tantas mudanças em sua vida.
Ao ter dificuldades em achar uma casa em Barcelona, Mia acaba recorrendo a sua prima m...
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Com certeza, eu estava fora de mim, mas foi algo bom.
Não sei como fiz o que eu fiz, mas sei que havia dado certo quando vi o olhar perdido de Pedri e os gritos dos jogadores ao seu redor.
Saí correndo antes que eu atrapalhasse mais, e Maya me esperava no final do túnel dando pulinhos.
— Você conseguiu!
Ela me abraçou forte e eu deixei que uma lágrima escapasse durante o abraço. Era difícil eu aceitar amar alguém depois de tudo. Eu amava Marvin e acreditei até o último segundo que ele era o amor da minha vida, que nos casaríamos e que teríamos filhos...
Mas a vida é confusa e o destino comanda como será daqui pra frente. Eu nunca pensei que Marvin tinha problemas mentais e que um dia tentaria nos matar, nem que eu voltaria para Barcelona depois de quatro anos por pedido dos gêmeos e que seria vizinha da pessoa que eu deixei entrar na minha vida para amar.
Eu amava Pedri e soube disso em Somorrostro. Nunca tive muitos namoros sérios, e mesmo não estando namorando sério com Pedri e somente ficando, eu sentia algo diferente. Ele era diferente.
Já conheci muitos caras em Barcelona e Berlim, e posso dizer com propriedade que nenhum se iguala ou chega perto do Pedri. Eu não sei bem o que faz Pedri ser tão diferente, mas só sei que ele é diferente, e foi isso que me fez apaixonar por ele.
Me apaixonei e comecei a amar meu vizinho.
Me separei da Maya e o sorriso dela estava enorme. Ela segurou meu rosto e me deu um beijo na minha testa, me abraçando novamente.
— Estou orgulhosa, Mia, você merece toda felicidade do mundo e merece amar e ser amada... Pedri, com certeza é a melhor pessoa para isso, e ele te ama de volta, você sabe disso. — Murmurou.
— Eu sei...
Ela me soltou e ainda sorria. Sequei o resquício da lágrima que havia escapado e respirei fundo. Precisava voltar para a realidade e encarar esse jogo que com certeza me faria ter vários ataques cardíacos.
— Preciso trabalhar. — Apontei para aonde Sarah estava.
— E eu acalmar meu filho!
Rimos e Maya me abraçou rápido novamente, antes de irmos cada uma para um lado. Ela subiu correndo para a arquibancada, já pegando Arthur no colo e começando a gritar junto com ele. Enquanto eu, corri para a lateral do campo aonde Sarah estava me esperando com um sorriso.
— Falou?
— Falei! — Respondi sorrindo.
Sarah bateu palmas animadas e deu um gritinho, me abraçando de lado.
— Foco, Sarah! — Disse rindo, pegando o celular do colo dela.
