Capítulo 123 - Alicerce

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Terça-feira, 28 de Novembro, 2023

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Terça-feira, 28 de Novembro, 2023

— Precisamos dormir.

— Eu sei.

— Tenta dormir.

— Eu não consigo. Tenta você.

— Eu também não consigo. — Sussurrei.

Eu e Mia estávamos parecendo dois zumbis na cama. Olhávamos para o teto iluminado pela luz da rua. Já deveriam ser quase três da manhã, mas lá estávamos nós acordados.

Dessa vez, não foi culpa de ninguém. Nós dois apenas não estávamos conseguindo dormir. Estávamos preocupados e ansiosos, e dormir não ajudaria muito.

— Você tem jogo mais tarde.

— E você trabalha. — A olhei. — Deveria dormir.

— Não dá. — Ela me olhou. — Daqui a pouco ele vai para o hospital.

— Eu sei. — Sussurrei, segurando em sua mão. — Seus primos já disseram que vão te mandar mensagem, gatinha.

— Não faz muita diferença.

Me sentei na cama, passando a mão pelo meu cabelo e coçando os olhos. Mia fez o mesmo, amarrando o cabelo em um coque e puxando a blusa do pijama para baixo.

— Sabia que ele odiaria saber que você não está dormindo, não sabe?

— Ele também não gostaria de saber que o melhor amigo não está dormindo quando tem um jogo importante amanhã. — Rebateu.

Se tinha uma coisa que eu descobri da família Azevedo Martinez, é que eles são ótimos em rebater as coisas, até mesmo as crianças. Era como se pudessem ler a mente de qualquer um e ter a resposta pronta na ponta da língua. Mia sabia disso, e ela amava. O sorriso sacana dela entregava isso.

— Não é justo.

— Não fiz nada! — Ela levantou a mão em sinal de redenção.

Revirei os olhos divertido e olhei para a janela. Do outro lado, estava a antiga casa onde Mia e os gêmeos moravam.

A ideia inicial da Maya e Brad era reformar a casa para conseguir mais valor de mercado, mas com os últimos acontecimentos, eles não teriam tempo. A casa já estava à venda há quase um mês, e alguns interessados já a visitaram.

Considerando o bairro onde morávamos, estava tudo bem quieto. Talvez porque já era quase três da manhã...

— Temos que dormir. — Olhei para Mia.

— Acha que eu não sei? — Ela passou a mão pelo rosto, olhando para sua barriga em seguida. — Olha só, eu acho bom vocês nunca me inventarem de aprontar, ouviram? Mamãe não gosta disso. — Cutucou sua barriga, me fazendo rir. — Porque está rindo? Você tem que ter pulso firme!

vecinos || pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora