Capítulo 4 - Surpresa

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Quando abri a porta e dei de cara com Gavi, me assustei

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Quando abri a porta e dei de cara com Gavi, me assustei. Eu realmente não esperava vê-lo, não por agora pelo menos.

Bom, não me levem a mal, eu tomei muita parte da dor de Manu com tudo o que aconteceu entre eles, mas sei que ele não é o único culpado de toda a confusão gerada há alguns anos.

E por mais que eu quisesse manter minha pose de "séria", não aguentei quando ele deu um sorriso fraco, tendo as lembranças vindo a tona dele me chamando de "Mia Mia" ou "Miazita".

— Oh meu Deus, Gavi! — Exclamei, o puxando para um abraço.

Senti seu corpo rígido quando eu o abracei, mas em alguns segundos, ele retribuiu o abraço.

— Eu senti sua falta, Pablito! — Murmurei.

— Eu também, Mia. — Respondeu baixinho. — Muita!

Quando o soltei, segurei em seu rosto, fazendo com que ele fizesse um biquinho. Escutei Pedri rir atrás dele.

— Você cresceu, menino! Está lindo!

— Você está machucando minhas bochechas... — Disse com dificuldade.

— Melhor tomar cuidado com esse maxilar mesmo, ele teve uma lesão há dois anos. — A voz de Pedri soou, fazendo com que eu o soltasse rápido.

— Meu Deus Pablo, socou quem pra ter machucado o maxilar?

— Foi em jogo. — Respondeu, massageando as bochechas.

O olhei desconfiada, porque conhecia bem a peça. Sabia muito bem das brigas que ele se envolvia. Perdi as contas de quantas vezes Manu aparecia gritando dizendo que ele e Nick estavam em alguma confusão.

Gavi se afastou quando Pedri o empurrou para o lado, colocando a cabeça dentro do quarto de hotel bagunçado.

— O que vamos levar daqui?

Boa pergunta!

— Então... — Disse sem graça. — Primeiro, entrem! Não fiquem aí fora.

Empurrei os dois pelo ombro para que eles entrassem, fechando a porta atrás de mim e afastando algumas das malas que estavam abertas no chão.

— Não precisa ser tudo, porque como disse, o caminhão de mudanças vem amanhã, mas eu queria pelo menos levar algumas coisas minha pra já ir arrumando. Meus primos chegam no final de semana e não quero fazer confusão com as malas. — Expliquei.

— Eles vêm quando? — Gavi perguntou.

— Maya disse que saem de Berlim sábado de manhã, então provavelmente sábado até a hora do almoço estão aqui.

Gavi assentiu cabisbaixo. Vi Pedri o encarar confuso e suspirei ao me aproximar dele.

— Ei, faz anos já... Você não foi o único culpado, Pablo, e vocês eram jovens, eram crianças... Você tem a oportunidade de se acertar com a Manu. Eu, Maya, Matteo e Nick perdoamos você, e eu tenho certeza que lá no fundo, Manu também.

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