"Livro 1 da série Barcelona"
Mia não esperava que sua mudança e de seus primos de volta para Barcelona depois de quatro anos causaria tantas mudanças em sua vida.
Ao ter dificuldades em achar uma casa em Barcelona, Mia acaba recorrendo a sua prima m...
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Lembro como se fosse ontem a primeira vez que vi a Mia...
O olhar confuso e assustado dela no dia que nos conhecemos, me fez querer rir na hora, mas tudo o que eu consegui perceber naquele momento, era o quão linda e especial ela era, sem mesmo nem conheça-la.
Não sei como começou tudo entre nós dois... Talvez a minha proximidade com a Maya e o Gavi tenha ajudado, ou talvez a Mia só queria fazer amigos na nova vizinhança... Ou foi tudo graças ao destino, porque afinal, eu acredito no destino.
Também me lembro quando almoçamos na casa dela junto com todo o pessoal, e Maya perguntou quando teríamos nossos filhos. De primeiro momento, aquilo me assustou, mas depois, a ideia de a Mia ser mãe dos meus filhos, me deixou extremamente calmo.
Sempre quis um menino, e isso desde criança. Mas, ao conhecer a Mia e pensar em que poderia ter uma mini cópia dela, a ideia de ser pai de menina, acabou ganhando mais forças.
Não sou o tipo de pessoa que ficaria triste se não tivesse o sexo do filho que deseja. Eu sei que o amaria — e já amo — sendo menino ou menina, isso é um mero detalhe.
Mas, ao saber que eu seria pai e teria dois filhos gêmeos, senti algo que eu nunca havia sentido antes. Já vivenciei vários momentos de extrema felicidade, como quando entrei no Barcelona, fiz minha estreia, meu primeiro gol, os jogos com o Messi... Meus prêmios, o Golden Boy, os títulos da Supercopa da Espanha e da La Liga... Foram momentos de felicidade extrema, mas não chegaram ao pés do que senti ao saber que eu seria pai e de gêmeos.
Sempre fui apaixonado pelos gêmeos da Maya e Brad. A Alice era carinhosa, amava usar laços e era extremamente inteligente, assim como o Arthur... Ele amava karatê, amava futebol, era fã obcecado do Barça. Os dois, haviam feito o meu desejo de ser pai, crescer de uma forma absurda.
Obviamente, que ser pai aos vinte anos de idade, sendo jogador de futebol, não é fácil, ainda mais quando ao invés de um bebê, serão dois... Isso me assustou muito quando a Dra Alana disse que eram dois bebês, eu senti que meu mundo tinha parado.
Não tive uma reação, e me assustei quando lágrimas começaram a descer pelos meus olhos sem controle, enquanto via aquela TV com duas bolinhas, embaçada pelas minhas lágrimas.
Eu ia ser pai de gêmeos!
Mia chorava e eu também. Todos que sabiam que íamos ser pais, haviam dito sobre a possibilidade de serem gêmeos, principalmente a Maya e o Gavi, mas não dei ouvidos a eles porque pra mim, era uma probabilidade muito distante, mesmo que já tivessem gêmeos na família dela.
Provavelmente, eu era a pessoa mais feliz do mundo quando sai daquela clínica, abraçado a Mia e com as mãos em sua barriga. Maya estava com a maquiagem borrada, enquanto ligava para alguém encomendando os remédios e vitaminas que a Mia teria que tomar.
— Eu falei que vocês iam ter gêmeos! — Maya disse animada, assim que entrou no carro. — Lice e Tutu vão ter dois priminhos!
— Sua boca parece de pastora que profetiza, Maya, isso não é normal. — Mia riu, balançando a cabeça.
