Capítulo 114 - II.Memórias

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TW: Esse capítulo terá algumas cenas que podem causar ansiedade em algumas pessoas. Portanto, para preservar seu bem-estar, se não se sentir confortável lendo, pode me chamar no direct do Instagram @writingbyhope que terei o prazer de explicar o capítulo de uma forma que você se sinta confortável! ❤️

Hope xx

Hope xx

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— Mia?

Eu sentia minha cabeça rodar e rapidamente tentei me segurar em qualquer coisa. Todas as pessoas na minha frente haviam virado vultos, as vozes estavam longe e eu sentia que ia desmaiar a qualquer momento.

— Mia!

Foi a última coisa que eu escutei antes de sentir todo o meu corpo se amolecer e alguém me segurar. Minha cabeça doía e eu conseguia apenas ver o mínimo. Meus olhos abriam e fechavam.

— Olá, meu ar.

Recuperei a minha respiração em um susto, e quando abri os meus olhos, eu estava em um lugar estranho. A primeira coisa que eu fiz foi levar as mãos para a minha barriga e sentir que ela estava ali.

Onde eu estava?

Comecei a olhar para os lados e não reconhecia nada daquilo, até que ouvi a minha voz embargada, gritando. Ouvia meus saltos batendo no chão e empurrei uma porta, levando minhas mãos até a minha boca segurando um soluço quando vi o Marvin na minha frente, batendo na Maya.

Eu estava revivendo tudo de novo.

Tentei correr até ele, mas claro, ele não me via. Eu soluçava e gritava vendo minha prima amarrada e meus outros primos também. O grito do Matteo pedindo para que ele parasse e a cabeça da Manu tombada para o lado.

Eu preciso sair daqui.

— Olá, meu ar.

— Para! — Gritei, levando minhas mãos para os meus ouvidos. — Me deixa sair!

As risadas do Marvin começaram a ecoar na minha cabeça, junto com os gritos da Maya e do Matteo. Me encostei em algo e deslizei para o chão, abaixando minha cabeça e tentando me concentrar.

— Mia! Coloca a cabeça entre suas pernas.

A voz da Maya veio do além também, me fazendo lembrar do que ela havia me ensinado. Abaixei ainda mais minha cabeça, deixando que as lágrimas pingassem para o chão enquanto eu tentava me concentrar.

— O médico já está vindo? Ela está grávida, porra!

— Pedri?

Levantei minha cabeça tentando encontrar a sua voz. Me levantei do chão, secando minhas lágrimas e empurrando outra porta que surgiu entre as paredes brancas.

— Brad?

O que ele estava fazendo ali?

— B-brad... — Choraminguei. — C-cadê a Maya?

vecinos || pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora