Capítulo 22 - Viagem

3.4K 199 136
                                    

Faria minha primeira viagem com o time na manhã do dia seguinte

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Faria minha primeira viagem com o time na manhã do dia seguinte.

Com certeza eu estava prestes a ter um colapso, e eu sabia que isso não era um exagero porque Maya estava me encarando o tempo todo enquanto eu colocava algumas roupas na mala.

Ela estava sentada na minha cama, com o notebook e algumas folhas em volta. Às terças, ela atende no consultório de psicologia dela e sempre sai mais cedo, e hoje ela veio parar na minha casa.

— O que foi? — Perguntei.

— Você.

— O que tem eu?

— Está surtando.

— Não estou! — Fiz uma careta, tentando disfarçar.

— Não? — Neguei. — Vem aqui.

Não quis contraria-la, então me aproximei dela. Maya ficou de joelhos na cama e aproximou o ouvido próximo ao meu coração, logo depois, pegou minha mão. Ela voltou a se sentar e me encarou.

— Seu coração está acelerado e sua mão gelada, você está suando frio. Está com falta de ar?

— Eu não estou tendo uma crise, Maya. — A encarei.

— Então conversa comigo, porque você está nervosa.

Suspirei, prendendo meu cabelo e sentando ao lado de Maya. Ela colocou o notebook longe, e me encarou. Soltei uma risada baixinha quando ela me puxou pra um abraço.

Aos poucos fui me acalmando com o carinho que ela fazia no meu cabelo assim como ela fazia como éramos crianças.

Maya sempre foi minha irmã mais velha e até mesmo uma mãe pra mim. Por conta da profissão dos nossos pais, Maya tomou a frente e fez de tudo pra que eu e seus irmãos nunca sentíssemos tanto a ausência deles.

Mais tarde, já mais velha, a vi agir da mesma forma com Gavi. Eram situações diferentes, mas ela cuidava dele e o tratava como um filho. A mesma coisa até mesmo com a Aurora.

Hoje, ela sendo mãe dos gêmeos, descobri que o que ela sempre nos mostrou foi o lado maternal dela. Desde pequena, Maya já tinha esse instinto e nunca fez questão de esconde-lo.

— Melhor? — Ela perguntou baixinho.

— Sim... — Levantei a cabeça. — Você não cansa de me conhecer bem, hein?

Ela deu de ombros, sorrindo.

— Você sempre foi e será minha menina, e eu também te conheço muito bem... Não é tão difícil assim... Mas então, o que se passa?

— Eu só... Sei lá, é estranho, sabe? Cheguei aqui há uma semana atrás e tudo aconteceu tão rápido.

— Você está com medo de as coisas começarem a dar errado?

vecinos || pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora