Eugene Parkinson, o filho da delatora do Harry Potter

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O clube de leitura do livro de fofocas da elite bruxa havia ganhado a companhia de cinco garotos que estavam muito interessados nas informações que o livro tinha sobre um estudante em particular que tinha parentesco com um membro daquele grupo: Theo Nott, o primo distante de Brad. Apesar desse garoto ter achado que o livro aliviou bastante a barra do Nott, ele não fez objeção quando seu amigo Phil sugeriu que todos lessem o capítulo seguinte, que tratava de Eugene Parkinson.

- Nós vamos ler, mas apenas se vocês prometerem que farão silêncio e que não nos interromperão! – falou Chloe, e após os garotos assentirem, ela entregou o livro a Penny para que ela fizesse a leitura:

"Em outros tempos, o nascimento de um Parkinson renderia uma notícia mais elaborada no Profeta Diário. E se esse Parkinson nascesse de uma mãe solteira que se recusa até hoje a revelar a identidade do pai de seu filho, isso renderia manchetes por muitos e muitos anos. Mas não foi o caso de Eugene Maximillian Parkinson, que nasceu em 30 de setembro de 2006 em relativo anonimato e cresceu tendo que lidar com a rejeição que impuseram ao seu sobrenome, tudo por conta de uma atitude de sua mãe, Pansy.

Pansy Parkinson foi demonizada por pessoas como Harry Potter e Hermione Granger por conta de erros que ela cometeu na juventude. Ela costumava rir das pessoas que não tinham uma aparência muito boa, como Potter e Granger, e era ainda mais afiada com aqueles que não tinham origens nobres, como também era o caso de Potter e Granger. Mas eles não eram vítimas inocentes das zombarias de Pansy, eles também sabiam atacar, e não hesitavam em ridicularizar sua dificuldade nos estudos, que se devia ao fato de que o ensino de Hogwarts não focava em suas reais habilidades, sua aparência física, comparando de forma maldosa seu rosto ao de um cachorro da raça pug, e aos seus pontos de vista, sempre contrários aos que eles queriam impor.

Mas a gota d'água para eles foi durante a Batalha de Hogwarts, quando Voldemort pediu aos estudantes que eles lhe entregassem Harry Potter e Pansy foi a única a ter coragem de levantar sua voz em defesa da integridade física de seus colegas, incentivando a todos a levar Potter ao Lorde das Trevas o quanto antes.

Bom, se analisarmos de forma imparcial, a escolha de Pansy não foi tão insensata assim. Eu diria até que foi bem perspicaz, pois ela sabia que Voldemort tinha poder suficiente para liquidar todos os estudantes de Hogwarts que se colocassem entre ele e Harry Potter. Porém, seus colegas da Lufa-Lufa, Corvinal e Grifinória não pensaram desta forma, e eles decidiram se colocar na frente de Potter, funcionando como escudos humanos. Claro que Voldemort não pretendia derramar tanto sangue mágico, ele valorizava a coragem dos alunos e estava disposto a ser misericordioso com eles se mudassem de ideia a tempo. Mas Potter resolveu aproveitar a cobertura dos outros para tentar escapar, e quem sabe salvar sua própria vida. O que ele não contava era que o Lorde das Trevas usaria seus infinitos poderes para encontrá-lo por si mesmo, o que acabou poupando vidas e dando aos estudantes de Hogwarts a chance de escaparem.

Foi o que Pansy fez, juntamente com a maior parte de seus colegas da Sonserina, embora alguns insensatos, como Blaise Zabini, Tracey Davis, Flora e Hestia Carrow tenham retornado na companhia de Slughorn para uma batalha de vida ou morte. O que Pansy não imaginava era que essas atitudes a fariam responder um longo processo criminal, por acusações que nem faziam sentido, como 'exceder-se em suas funções de monitora-chefe', 'utilizar Maldições Imperdoáveis em colegas' e 'entregar bruxos para a morte certa'. Ora, tudo aquilo havia ocorrido dentro de Hogwarts, quem tinha o dever de punir era o então diretor, Severus Snape, e como este não o tinha feito no prazo correto, não havia mais como enquadrar Pansy. Também caberia o argumento de que Pansy estava apenas cumprindo ordens superiores, e sofreria mais que os colegas caso se recusasse a praticar Maldições Imperdoáveis neles. Mas Potter e companhia se julgavam tão acima da lei que decidiram mudá-la ao seu bel prazer, tirando direitos e acrescentando deveres aos bruxos de bem.

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