Capitulo 3

171 32 62
                                    

Olá, tortinhas!

Como estão?

Espero que bem, hehe.

Estou aqui para mais um capitulo que mudou bastante em relação ao antigo, mas que ainda assim se mantem no rumo original. 


------------------------------------------------------------------


Capitulo 5


Casebre na floresta.

Noite da tempestade.

Verão do quarto ano de infecção.


O vento violento cantava ao entrar pelas frestas da casinha de madeira que tremia tanto quanto o rapaz medroso dentro dela. Ele se encolhia em alguns panos do sofá, fungava e choramingava a cada trovoada que vinha após um relâmpago iluminar todo lugar. Ele pedia para Deus que aquilo tudo passasse logo, pedia que aquele som estranho que acompanhava o chão tremendo não fosse nada demais... ele pedia muitas coisas, mas Deus não parecia muito propenso a o ouvir naquele dia.

Nada no mundo lá fora se preocupava com o jovem rapaz da fazenda, mas ainda assim ele temia a tudo como se o mundo fosse contra ele. Como se tudo de ruim estivesse detalhadamente planejado para acontecer com ele...

Ele teme que os mortos possam chegar até ali, teme os vivos, teme animais e acima de tudo ele teme a natureza que é inegavelmente o maior perigo que se pode contar.

Ele tenta parar de pensar nisso, tenta se distrair observando algo aleatório pela casa, mas as sombras dos flashes lá fora o faz ver coisas onde não tem, e em vez de se distrair ele acabar ainda mais paranoico, o que o leva a esconder o rosto entre os joelhos novamente, voltando a orar para Deus.

Ele orou como sua avó fazia, entoando a mesma oração que a senhora entoava em dias como aquele, em dias onde o mundo parecia prestes a cair sobre suas cabeça. Mas naquela época ele não temia tanto, porque naquela época ele tinha a senhorinha para o abraçar e dizer que tudo ia ficar bem. Mas agora ele sabe que nada pode ficar bem... ele sabe que ao contrário do que ela sempre dizia, agora absolutamente tudo pode o machucar. O mundo de agora foi feito para isso.

Ao fim da oração ele levantou o rosto novamente, apoiando o queixo sobre os joelhas para olhar o vão abaixo da porta de madeira.

-Vai ficar tudo bem. – Ele tenta se convencer, mas não funciona. E em um segundo confuso entre um trovão e um soluço ele teve a impressão de ouvir algo lá fora. Algo que pareceu madeira rangendo.

Ele pensou que fosse imaginação, pensou que talvez fosse apenas a casa, mas depois de um tempo ele percebeu que a casa ainda rangia e era diferente daquele som lá fora, por isso, prendeu a respiração esperando mais algum som.

Mas não veio. Por quase um minuto inteiro ele esperou, mas apenas os sons comuns da chuva se fez presente, e quando ele finalmente voltou a respirar...

Creek.

Lá estava o som de novo, o ranger da maldita escada velha da varanda.

Dessa vez ele sequer percebeu que prendeu a respiração, ele apenas esqueceu de como respirava ao ouvir o som se repetir até o que quer que fosse lá fora, já estivesse no topo da escada.

Dead or AliveOnde histórias criam vida. Descubra agora