Capitulo 1

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Olá Tortinhas!

Como estão?

Espero que estejam bem.

 Como já sabem, venho aqui com o primeiro capítulo reescrito de Dead or Alive, ou como gostamos de chamar lá no insta DoA. 

Deixando claro que apesar de reescrita, muita coisa vai seguir o mesmo rumo da original, mas ao mesmo tempo vai ter mudanças grandes. 

Espero de verdade que gostem, viu?

Enfim, por enquanto é isso. 

Boa leitura nenês.

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Dead or alive


Parte 1: O garoto do chapéu de palha


Uma cidadezinha qualquer

Verão do quarto ano de infecção


A primeira vista Zoro pensou que fosse apenas mais um morto. Mais um dos vários corpos sem vida que vagavam pela pequena cidade abandonada e desconhecida naquele imenso fim de mundo. Em qualquer outra ocasião, ele teria ignorado, teria apenas dado de ombros e largado de mão, passaria a observar um outro canto da cidade entediante, mas algo naquela figura era intrigante o suficiente para chamar a atenção e o fazer olhar melhor.

O simples e surrado chapéu de palha que decorava a cabeça daquele corpo jogado de qualquer jeito no banco de concreto da praça o fez perdurar.

O vento trazia o cheiro ruim da morte, o sol queimava sua pele morena, mas ele se manteve ali por uns bons dez minutos para enfim finalmente concluir que aquilo não era só mais um corpo morto.

Quer dizer... Zoro acha que não é apenas mais um corpo morto. E esse achismo é baseado na breve impressão que ele teve de te visto aquela coisa roncar. Foi rápido, mas ele pode jurar que viu aquela criatura engasgar entre um ronco e outro, e se tem uma coisa nessa vida que Zoro sabe muito bem é que mortos não roncam. Eles gemem, rosnam e as vezes até gritam, mas roncar não. Isso eles de certo não fazem.

Mas ele esperou mais um pouco ali, pensando mais sobre aquela imagem estranha lá longe.

Ele sabe que não é ninguém da cidade, porque ele conhece todas as figuras daquela cidade. Ele nasceu ali, cresceu ali e muito provavelmente ia morrer ali também. Então ele sabe de cor e salteado quem viveu por aquelas bandas, ele não pode dizer que se lembra dos nomes, mas lembra dos rostos. Porque Zoro é desocupado, ele não tem muito o que fazer no fim do mundo. Por isso, ali no topo daquele prédio que um dia foi verde, mas agora parece algo como vomito de um doente, ele passa seu tempo observando com seus binóculos e nomeando mortos aleatórios. Talvez, apenas talvez, ele já esteja à beira da loucura, mas não vamos falar sobre isso no momento. Vamos focar no suspiro que ele deixou escapar, na forma como ele secou a testa e ajeitou aquela bandana que ele insiste em usar mesmo que não adiante muito quando ele está no topo de um prédio em pleno sol quente.

Ele não sabe a hora, mas aposta que possa ser algo entre dez e meio dia considerando a posição do sol, e isso quer dizer que é aquele período em que tudo por ali fica mais movimentado. Porque quanto mais quente, mais agitados os mortos ficam.

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