Capitulo 20

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Oie, Tortinhas de limão.

Como estão?

Espero que esteja bem, hehe.

Aqui estou eu com o capítulo 20, com a cena que vocês mais odeiam... mas que espero que gostem mesmo assim.

Aliás, eu quero deixar um registo aqui antes que leiam o capítulo:

Ouçam Um minuto para o fim do mundo de CPM22, e depois voltem para ler.

Essa música para mim é exatamente os sentimentos do Law em relação ao Luffy em muitos momentos da história.

Enfim, é isso. 

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Capítulo 56


Mansão na cidade atrás da colina.

Noite do quadragésimo quarto dia com o chapéu de palha.

Verão do quarto ano de infecção


O homem agarrava a própria camisa, apertando os dedos tatuados ali como se esse simples ato de desespero fosse o fazer voltar a respirar normalmente. Como se isso fosse fazer toda aquela bagunça ir embora e nunca mais voltar.

Mas ela voltou... mesmo que Law tivesse achado um dia que nunca mais sentiria algo como aquilo... aquela merda de sensação sufocante voltou. Fechando suas vias respiratórias, as entupindo com desespero.

Ele sentia o suor descendo por seu rosto, e seu corpo tremer contra a porta de madeira na qual se apoiou até chegar ao chão quando se deu conta de que não conseguia se manter mais em pé. Suas pernas não aguentavam seu peso, elas não conseguiam manter todo aquele acumulo.

Law era um médico. Ele sabia muito bem como agir em uma situação como aquela. Ele sabia como ajudar alguém em um ataque como aquele, mas ele não podia se ajudar. Não conseguia evitar aquela sensação ruim em seu peito, aquela dor que parecia dilacerar todas as vísceras daquela merda de órgão que deveria apenas bombear sangue e nada mais.

O coração deveria doer apenas por doenças, nunca por medo.

Toda aquele papo de doer o coração deveria ser apenas no sentido figurado... Law já tinha lido livros suficientes para entender isso. Mas ele insistia em cair sempre no mesmo buraco.

- Eu tenho que sair daqui... – Ele dizia aquilo apenas para si, para que seu peito entendesse aquela sentença.

Ele não podia mais ficar naquele lugar. Não podia continuar com aquelas pessoas.

Law se lembra muito bem dos últimos seres humanos com quem passou tempo demais... e ele não pode fazer nada pra ajudar no final.

Porque é assim que ele é... ou que acredita ser.

Law atrai coisas ruins... ele dá má sorte.

E para uma pessoa cética, ele acredita demais nisso.

-Eu só preciso levantar e isso... – A voz fraca era quase engasgada em meio a dificuldade de respirar. Os nós dos dedos já estavam brancos quando Law bateu a cabeça contra a porta de madeira, sentindo tudo girar. – Eu só... respira, Law... só respira.

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