Capítulo 75

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Alden

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Alden

O caos no aposento era quase palpável. As mulheres, embora temerosas, se entreolhavam, um misto de terror e determinação estampado em seus rostos enquanto tentavam barrar meu caminho em direção a Mabel.

Uma delas ousou estender a mão, sua voz tremendo de pânico. - Não, senhor! Por favor! - Sua tentativa de me impedir foi frágil e patética, e bastou um empurrão para afastá-la de meu caminho.

Ajoelhei-me em cima de Mabel, que, paralisada pela dor e pelo medo, sequer tentou resistir. Ela sabia que não adiantaria; enfrentá-la agora seria como esmagar uma flor delicada sob uma bota pesada.

O desespero em seus olhos revelou que ela entendia perfeitamente sua vulnerabilidade, e por isso se manteve em silêncio. Inteligente, eu reconheci, ao menos o suficiente para compreender a própria insignificância.

As outras ajudantes deram um passo para trás, olhos arregalados, mãos trêmulas, trocando olhares desesperados. Elas eram próximas de Mabel, como se fossem uma família.

Patético.

Mulheres se iludem com o conforto de laços que jamais poderiam salvá-las.

Aproximei-me de seu rosto com um tom ameaçador. - Você poderia ter me envenenado. Eu não me importaria nem um pouco - sibilei, aproximando-me tanto que ela poderia sentir meu hálito sobre sua pele. - Mas não ouse fazer nada contra o meu filho. Entendeu?

Ela assentiu apressadamente, um aceno fraco de cabeça que me indicava o medo que lhe atravessava os ossos. Mesmo assim, o pavor dela me era indiferente. Não poderia matá-la ainda, pois o futuro de meu herdeiro, preso dentro dela, dependia de seu corpo.

O murmúrio de uma das ajudantes irrompeu o silêncio. - Não! Você vai matá-la! - A voz dela era estridente, mas carregada de uma ousadia que me irritou profundamente.

Meus olhos queimaram sobre ela como brasas. - Se abrir a boca de novo, mato você também.

Um calafrio percorreu o ambiente, e as mulheres ao redor empalideceram, trocando olhares horrorizados. Minhas palavras não foram uma ameaça vazia, e elas sabiam disso.

Aos poucos, uma a uma, saíram da sala, relutantes e derrotadas, como leoas feridas recuando para longe do predador.

No entanto, admirei essa chama nelas.

Esse... instinto de proteção.

Elas eram bravas, sim. Mas não comigo..

Eu as colocaria em seus devidos lugares.

O aposento agora estava mergulhado em um silêncio sombrio, quebrado apenas pelos gemidos de dor de Mabel.

A cena tinha uma espécie de poesia macabra; era só eu e ela, como em tantas outras ocasiões em que eu a visitara na cela escura. Mas desta vez, a batalha final era para selar o destino de meu sucessor.

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⏰ Última atualização: Nov 07 ⏰

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