Capítulo 73

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Lysander

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Lysander

Gideon e Reynard me observaram atentamente enquanto eu fritava um peixe com minhas próprias mãos e o entregava a Anne. Mal tive tempo de processar o que fiz antes que exigissem que eu cozinhasse para todos eles.

Edric foi o único que recusou, e sinceramente, nem liguei muito para isso. Minha intuição me dizia que não era prudente confiar demais naquele sujeito.

Mais tarde, me afastei do grupo e me coloquei diante do vasto mar, contemplando a imensidão azul enquanto o som distante das vozes deles formava um eco que preenchia o ambiente.

Seus risos e comentários vinham como uma sinfonia ao fundo, entremeados pelos estalos do fogo que ainda queimava. Suspirei profundamente, perdido em pensamentos, tentando calcular as chances de finalmente descobrir onde Alden vivia.

Ele nunca me dera muitos detalhes, mesmo com todas as vezes em que insisti. Como ele conseguia ir e vir daquele lugar até Etherion várias vezes por semana para me ver?

Esse mistério parecia um quebra-cabeça impossível de resolver.

— Lys? Está tudo bem? — A voz suave de Anne me despertou de meus pensamentos. Ela se aproximou devagar, com o olhar preocupado.

— Sim, meu amor... — tentei disfarçar, suspirando. — Só estou... Pensativo.

Ela se colocou ao meu lado, apoiando os braços na borda do navio e observando o mar, o rosto sereno, mas atento. — Pensativo sobre o quê? Quer compartilhar?

A verdade era que eu evitava falar de Alden com ela.

O passado dele era um tópico delicado entre nós, um terreno cheio de espinhos. Ela sabia que ele havia cometido erros graves, e nunca escondeu sua decepção pelo fato de eu ter guardado esses segredos.

A angústia, ainda latente, transformava-se em algo difícil de confrontar. Então, para não levantar suspeitas, decidi mudar de assunto.

— Sabe, Anne... Já não somos crianças. Eu sou um homem, e você é a minha mulher. — Respirei fundo, hesitando apenas um momento. — Talvez já esteja na hora de ignorarmos os outros e fazermos o que realmente desejamos.

Ela me lançou um olhar intrigado, quase hesitante. — Fazer o que... quisermos?

— Sim... Toda vez que eu... Tentava te tocar, parecia que você se afastava... Diga-me, você tem medo de alguma coisa? Ou... de mim?

Anne desviou o olhar rapidamente, as bochechas corando levemente. — Medo de você? Claro que não! Mas... Estamos prestes a nos tornar oficialmente cavaleiros sagrados. Há regras, Lys... Não podemos ter relações íntimas. Essas são as normas que juramos seguir.

— Se Alaric proibir, eu renuncio. — Fui direto, minha voz mais firme do que eu mesmo esperava. — Se for preciso, desisto do título. Prefiro ter você ao meu lado a me tornar o cavaleiro sagrado que sempre sonhei ser.

A Maldição De WesterfairOnde histórias criam vida. Descubra agora