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{Seu Nome}
Calorzão de domingo e eu tomava minha garrafa de água enquanto ouvia os gritos da mancha verde, indicando que os times estavam entrando em campo.
Em todos os jogos do Palmeiras em casa eu fazia questão de vim assistir para prestigiar e apoiar Richard que é meu namorado.
Alguns lances eu acabava perdendo, pois antes de ser a namorada de Ríos eu sou influenciadora e vários torcedores me acompanham. Então em vários momentos eles vem me pedir foto, e eu sempre faço questão de tirar várias.
Estava no camarote reservado para os familiares de Richard e de lá consegui ver o mesmo fazendo um coração pra mim e me mandando um beijo, nosso combinado é fazer isso em todos os jogos antes do apito inicial.
O jogo de hoje era contra o Fluminense e em caso de vitória, o Palmeiras era matematicamente campeão do campeonato brasileiro.
O jogo tava acirrado para os dois lados, os times tentavam mais nenhum dos dois conseguiam acertar o tão desejado gol.
Até que aos trinta do segundo tempo Veiga bateu um escanteio foi desviado por Endrick sobrando no pé de Richard, que só deu um tapinha e a bola entrou.
Gol do meu homem que veio até o camarote me dedicar. O final do jogo foi marcado por muita euforia por parte dos jogadores e da torcida, mas a vitória e os três pontos foram conquistados pelo Palmeiras.
Após o apito final os jogadores vieram comemorar na beira do gramado com a torcida, enquanto alguns torcedores estavam conversando comigo.
Pouco tempo depois fui procurar pelo meu namorado e lá estava ele, com seu maxilar travado e cara de poucos amigos. Quando nosso olhar se encontrou ele saiu, indo em direção do vestiário.
Eu já sabia que se tratava de mais uma de suas crises de ciúmes. Richard era ciumento de uma forma extrema, eu sabia que era pra me proteger, mas isso acabava passando do limite.
Evitei de ir encontrar ele no vestiário para não ter discussões, eu preferia enfrentar ele quando estivéssemos sozinhos e quem sabe, com a cabeça mais fria.
Fiquei esperando ele no estacionamento, o tempo não passava e minha ansiedade de não saber como ele estava, só aumentava.
Senti seu perfume por perto e lá estava ele, com uma camisa do palmeiras e uma calça moletom cinza, com sua mochila nas costas. Seu semblante era fechado e seus braços estavam cruzados, enquanto ele me encarava.
- oi meu amor, parabéns pelo jogo e pelo gol - Falei lhe dando um selinho que foi ignorado - você joga muito, meu jogador!
- valeu, vamo embora - Richard diz tirando meus braços que estavam em seu pescoço e em seguida entrando no carro.
Caminhei até o carro e entrei no lado do passageiro, batendo forte a porta. Eu já estava puta por ele ter me deixado com cara de besta na frente de todo mundo.
O caminho foi em completo silêncio, eu até pensei em falar alguma coisa, mas só iria piorar.
Chegamos em casa e fui acompanhada dele, que só tirou seu sapato e mochila e se jogou no sofá.
Fui até a cozinha comer alguma coisa e depois fui tomar um banho, fiquei esse tempo todo esperando uma aproximação do meu namorado, mas nada aconteceu.
- Richard - Falei entrando na sala vendo ele no celular - não vai falar nada?
- o que por exemplo? que eu gostei de ver você conversando com aquele homem? - Ele diz me olhando pela primeira vez desde que chegamos em casa - se for isso, parabéns SN, eu adorei ver toda aquela cena.
- como você é idiota cara - Falei revirando os olhos - era um fã seu, conversamos sobre os jogos e sobre ti.
- eu sou um palhaço pra vocês ficarem rindo e falando sobre mim? Você tava cheia de risadinha SN, eu não sou idiota.
Eu já estava alterada e estressada, cada palavra que saia de sua boca me deixava mais estressada ainda. Porra, como eu vou ter um relacionamento que não existe confiança?
- você é um idiota sim, principalmente por não confiar em mim - Falei alto - já temos dois anos de relacionamento e você não confiar em mim, o que eu fiz pra ter toda essa desconfiança?
- eu confio em você, o problema são os outros - Ele diz se aproximando - porra, eu tenho medo do que pode acontecer com você, ou talvez de perder você.
- eu sei me proteger Richard, eu não sou uma criança.
- eu sei vida, mas eu tenho medo - Ele diz se defendendo - se acontecer alguma coisa com você eu nunca vou me perdoar.
- eu sei que você quer meu bem amor, mas somos figuras públicas e rodeados de pessoas - Digo passando meus braços por seu pescoço - somos sujeitos a tudo, e se acontecer alguma coisa não precisa se preocupar, ok? A culpa nunca vai ser sua.
- tudo bem, me desculpa princesa. Eu só queria te proteger - Ele diz cabisbaixo - você é o meu tudo.
Acabo com a distância que tá entre a gente e início um beijo, um beijo que era calmo mas com muita saudades. Assim que a falta de ar se fez presente finalizamos com três selinhos.
- tudo bem, só aprende a se controlar - Digo contra seus lábios e ele confirma com a cabeça.
- agora podemos ir deitar? Eu tô com saudades de ti minha princesa - Ele diz distribuindo beijinhos pelo meu rosto.
Eu posso até ter perdoado ele, mas não vai ficar só por isso. Separei um travesseiro e uma coberta e sua roupa de dormir, ele que se vire pra dormir na sala hoje.
- não não amor - Digo me afastando e entregando pra ele as coisas que tinha separado - pode ir dormir na sala, ou no quarto de hóspedes, você pode escolher.
- mas amor - Ele me olha sem acreditar e com cara de cachorro abandonado - eu já te pedi desculpas, e não é pra tanto vida.
- boa noite vida, tenha um bom descanso - Digo lhe dando um selinho, que ele não retribui - se continuar achando ruim, eu faço greve.
Dou risada com a cara de desespero que ele faz, mas logo em seguida ele se rende e sobe até o quarto de hóspedes. Aqui em casa parece que quem fica no período fértil é ele, e não eu.
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