*Diana
Estávamos na praia e os meninos corriam em direção ao mar animados. Me sento na areia e Cláudia se senta ao meu lado, observo os cinco entrarem na água e dou risada.
- Eles são doidos. - Cláudia fala quando Júlio empurra Dinho e acaba os dois caindo de cara na água, minha amiga me abraça e eu retribuo.
- Eu estou tão feliz por eles. - falo e ela assente.
Sérgio e Samuel correm em nossa direção.
- Você pode soltar a minha mulher? - Sérgio pergunta passando a mão no rosto molhado e eu dou risada.
- A nossa mulher, ela é compartilhada, esqueceu? - pergunto e ele dá risada.
- Você precisa arrumar um namorado e largar a mulher dos outros. - ele fala e eu levo a mão até o peito, fazendo drama.
- Pegou na ferida aberta, Sérgio. - faço uma voz de choro. - Não precisa jogar na minha cara que eu sou sozinha, solitária e sem ninguém. - solto Cláudia e Sérgio me puxa e beija meu rosto, empurro o mesmo e ele dá risada. - Estou magoada, nunca imaginei que você faria isso comigo.
- Ele fala assim, mas se você aparecer namorando vai ser o primeiro a surtar. - Cláudia fala e Sérgio assente. - Eu estou com fome, as crianças vão continuar na água?
- Vou chamar eles. - falo me levantando e batendo a mão no shorts afim de tirar a areia. - Mas vou gritar porque é capaz deles me arrastarem pra água e eu não quero me molhar.
- Não quer? - Samuel que até então estava quieto abre os braços e sorri de forma maldosa.
- Nem vem, Sam. - falo quando ele começa a se aproximar, tento correr do mesmo e ele me agarra me abraçando e me molhando. - Samuel! - dou risada e tento me soltar do mesmo e sem sucesso, tropeçamos em nossas próprias pernas e vamos de encontro ao chão.
- Você não estava com fome? Olha ali, narigudos à milanesa. - Sérgio fala rindo.
- Cala a boca, Falcão. - eu e Samuel falamos em uníssono, ele me encara e caímos na risada.
- Não sabem brincar. - Sérgio resmunga.
Samuel se levanta e estende a mão, seguro a mesma e me levanto. Começo a passar a mão em sua camiseta e shorts com leves batidinhas afim de tirar a areia, quando o considero minimamente limpo, abro os braços e ele entende que eu quero que ele me ajude a tirar a areia da roupa.
- Você é muito bruto. - dou risada quando ele começa a dar os tapinhas pra tirar a areia.
- Cuidado com essa mão, narigudo. - ouço Dinho falar e vejo ele se aproximando com Bento e Júlio, os três sem camiseta. - Se descer mais vai ficar sem mão.
Meu irmão fala e Samuel o responde mostrando o dedo do meio.
- Pronto. - ele fala e eu sorrio, beijo seu rosto e o abraço de lado.
- Obrigada.
- Obrigada nada, dez reais. - ele fala e eu dou um tapa em sua nuca, fazendo o mesmo rir.
- Ô Dinho, o Sérgio me chamou de encalhada. - falo e meu irmão me encara, ele estava tentando secar o cabelo com a camiseta molhada.
- E mentiu? - ele pergunta e eu fecho a cara. - Quer dizer, não chame a minha irmã de encalhada, seu feio. - ele fala e Sérgio da risada. - É isso que você queria?
- Belo irmão mais velho você, hein.
- Vou melhorar. - ele pigarreia. - Não ouse chamar a minha pitchulinha de encalhada quando o trambolho do seu irmão também é um encalhado.
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Ficção AdolescenteO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...