*Narrador
Os sete saíram do hospital e os cinco meninos pareciam que tinham ganhado na loteria de tanta felicidade.
- Eu odeio você. - Diana resmunga para Cláudia que estava vermelha de tanto rir.
- Que cena maravilhosa, eu nunca mais vou esquecer. - ela dá risada. - O Dinho chorando igual criança e falando que vai matar o Samuel, muito bom.
- Foi mal aí. - Dinho sorri sem graça pra Samuel. - Eu não ia te matar não.
- Eu ia. - Júlio, Bento e Sérgio falam em uníssono e Samuel dá risada.
- Parem de falar sobre isso porque ela está com vergonha. - Samuel fala abraçando Diana de lado que sorri para o mesmo.
- Obrigada, Sam. - ela agradece e ele beija a testa da mesma. - Que horas são?
- Dez e quarenta. - Júlio responde encarando o relógio no pulso e Diana arregala os olhos.
- Precisamos ir para o estúdio. - ela fala e Dinho nega.
- Vamos pra casa, para você descansar. - ele fala e ela suspira.
- Eu já estou melhor e nós vamos para o estúdio, eu descanso lá. - ela insiste e todos a encaram. - Por favor, vocês precisam gravar essas músicas.
- Ela tem razão. - Cláudia fica ao lado da amiga. - E eu vou estar lá, se ver que ela não está bem aviso vocês.
- Então vamos. - Dinho fala abrindo a porta do carro para Diana.
- Viu? É só eu quase morrer para ele me tratar com gentileza. - ela fala e ele dá um tapa na nuca dela, mas leva um de Samuel.
- Não bate na menina. - Samuel resmunga e entra no carro também.
- Obrigada. - ela sorri para o garoto.
...
Os meninos terminam de cantar a última música, a famosa Robocop Gay.
- Porra, acho que ele não gostou não. - Dinho fala de forma ofegante enquanto olhava para o produtor, que observou em completo silêncio.
- Vocês são fodas demais. - Rick fala e os meninos trocam olhares surpresos.
- Você acha? - Júlio pergunta e Rick da risada.
- Porra, se eu acho? Eu tenho certeza, vocês tem mais músicas nesse estilo? - ele pergunta animado. - Acho que consigo descolar uma gravadora pra vocês.
- Sério? - Bento pergunta surpreso. - Caralho, ganhamos na loteria das gravadoras e não estamos sabendo?
- Cala a boca, japonês. - Samuel fala rindo. - Seria foda cara, mas no momento só temos essas músicas.
- Posso mandar a fita para uma gravadora? - ele pede e os meninos trocam olhares.
- Pode. - Dinho responde ao ver que os amigos toparam.
- Fechado, então me falem o que vocês querem gravar e vamos partir pra gravação.
A noite foi longa, os meninos trabalharam muito e no final das contas, tudo saiu do jeito que imaginaram. Já estava amanhecendo quando eles terminaram de gravar e finalmente sentaram para descansar um pouco.
- E aquelas duas quem são? - Rick pergunta abrindo uma coca cola e servindo a todos, ele se referia a Cláudia e Diana que dormiam encolhidas em um sofá. - Devem estar acostumadas a ouvir vocês para conseguirem dormir mesmo com essa barulheira toda.
- Aquela é Cláudia, minha namorada. - Sérgio aponta para a namorada.
- E a outra? - Rick pergunta e Dinho vira um gole do refrigerante, antes de responder.
- Minha irmã.
- Solteira? - Rick pergunta e Samuel o encara.
- Felizmente. - Dinho responde dando risada. - Cara, obrigado por hoje... Mas nós precisamos ir.
- Vou enviar a fita pra um amigo meu e se ele der retorno entro em contato com vocês. - Rick avisa e eles assentem.
Sérgio segue até a namorada e a acorda com beijos no rosto, ele a abraça e a guia para fora do estúdio.
- Pitchula, vamos? - Dinho pergunta balançando Diana levemente. - Já vamos embora.
- Já terminaram de gravar? - a menina pergunta ainda meio atordoada por conta do sono e se levanta.
- Já sim, ainda estou surpreso que você e sua amiga conseguiram dormir com todo o barulho que eles fizeram. - Rick fala dando risada e acompanhando os meninos até a entrada do estúdio. - Se precisarem de algo sabem onde me encontrar. - ele se despede dos rapazes e volta a entrar no estúdio.
Na Brasília de Dinho estava Júlio no banco da frente e Diana e Samuel no banco de trás, Alberto tinha ido com Sérgio e Cláudia.
Após alguns minutos na estrada Dinho estaciona em frente a sua casa e segundos depois Sérgio estaciona atrás do mesmo, todos estavam caindo de sono e assim que entraram em casa, procuraram um canto para dormir.
Júlio, Alberto e Dinho dormiram no quarto dos pais de Dinho e Diana, dividindo a cama de casal. Enquanto Sérgio e Cláudia dormiam na cama de Dinho, Diana que havia ido ao banheiro tomar banho e escovar os dentes, vê Samuel na sala quando está indo em direção ao seu quarto.
- Nem pensar. - ela fala e o rapaz a encara confuso. - Se dormir nesse sofá vai amanhecer quebrado, vem.
Ela não precisou falar duas vezes para que ele se levantasse e seguisse a mesma, eles se deitam em sua cama e dessa vez Samuel a abraça assim que os dois ficam lado a lado.
- É a terceira noite que estamos dormindo juntos desde sexta-feira e hoje ainda é terça. - Samuel fala de forma baixa, para não acordar o irmão e a cunhada. Ele tira uma mexa de cabelo do rosto de Diana e a coloca atrás da orelha da mesma. - Você me assustou hoje.
- Me desculpa. - ela suspira frustrada.
- Eu fiquei desesperado vendo você daquele jeito e sem poder te ajudar. - a pouca luz que entrava pelas frestas da janela possibilitava que Samuel olhasse nos olhos de Diana. - Eu não sei o que seria de mim se acontecesse algo com você. - ele confessa, acariciando seu rosto.
- Sam, eu... - ela tenta concluir a frase, mas é impedida por Samuel, beijando seus lábios.
O beijo começou de forma lenta e carinhosa e quando eles deram por si, era como se quisessem mais e mais, como se esperassem por aquele beijo a anos. Suas línguas se entrelaçavam de forma brutal e eles só se separaram quando ouviram a cama de Dinho mexer, denunciando que Sérgio ou Cláudia tinham se virado.
Ainda ofegantes e olhando um nos olhos do outro, ambos dão risada, tentando rir o mais baixo possível.
- Acho melhor dormirmos. - Samuel fala e Diana assente ainda rindo, ele segura o rosto dela e sela seus lábios de forma demorada. Quando se separam, ela se encolhe contra o seu corpo e ele beija sua testa a abraçando.
--------------------------------------
Escrito: 01.12.2023
Postado: 29.12.2023
VOCÊ ESTÁ LENDO
Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Ficção AdolescenteO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...