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*Narrador

06 de janeiro de 1996

Diana observava a repórter do SBT conversar com os meninos, como sempre a entrevista foi repleta de brincadeiras e risadas, mas tinha algo incomodando a garota. Ela conhecia o irmão a vida inteira e sabia que tinha algo errado, mesmo ele dizendo que estava tudo bem.

Ela sorri ao ver Sérgio e Júlio empurrarem a Brasília, Samuel se aproxima da mesma e segura seu rosto com delicadeza, selando os seus lábios.

- Vamos dar uma volta aqui na região e já voltamos, okay? - ele pergunta e ela assente. - Vai entrar no palco hoje? Como quando tudo começou?

- Vou. - ela sorri para ele e o puxa para um abraço. - Estou tão feliz por vocês que eu poderia chorar.

- Anda muito sentimental ultimamente. - ele dá risada e ela o solta e se afasta, mas ele a puxa pela cintura e a abraça novamente. - Não estou reclamando. - ele beija seu pescoço. - Eu gosto quando você é carente, porque assim posso ter mais de você.

- Bobo. - ela dá risada e o empurra levemente. - Vai logo antes que meu irmão te xingue. - ela aponta para Dinho que estava ao lado da brasília e com as mãos na cintura.

- Eu amo você, mas não gosto do seu irmão. - ele resmunga e Diana nega.

- Confessa que só namora comigo para ficar mais tempo perto do meu irmão. - ela fala e ele finge surpresa.

- Descobriu o meu segredo. - ele a segura pela mão e a puxa até Dinho, ao se aproximar ele abraça o amigo e deixa um beijo molhado em seu rosto.

- Que nojo, Samuel. - Dinho resmunga e empurra ele. - A Alves que você tem que beijar é ela, não eu. - ele aponta pra Diana e o Samuel assente e puxa Diana, beijando a mesma. - Não precisa engolir a menina também. - ele segura Samuel pelos ombros e o puxa. - Cadê a mulher da minha vida?

- Estou aqui. - Valéria fala se aproximando. - Eu vi o Samuel te agarrando, fica esperto viu, narigudo! - ela cruza os braços. - Te quebro na porrada.

- Quebra nada, tenho minha namorada que me defende. - Samuel fala e Diana assente.

- Quebro os dois. - Valéria fala e eles dão risada. - Di, vim te chamar para provar a roupa.

- Que roupa? - Dinho pergunta e Valéria arregala os olhos.

- Nenhuma, vamos logo. - Valéria segura a mão de Diana e sai correndo com a mesma.

- Você é boca aberta igual o meu irmão. - Diana da risada quando elas entram no ginásio e Valéria a guia até o camarim improvisado.

- Fica quieta, praga. - ela resmunga, mas acaba dando risada.

Ao entrarem no local, Diana arregala os olhos ao ver Cláudia. Ela usava uma calça jeans rasgada e com alguns desenhos e uma camiseta branca com a logo de Utopia.

- Não acredito... É a original? - ela pergunta assustada e Cláudia sorri e assente. - Puta merda, eu jurava que tinha rasgado.

- E rasgou, mas a tia Helena é magnífica e conseguiu recuperar. - ela dá uma voltinha. - Não vamos usar as cópias e sim as originais. - ela pega um boné e entrega para Diana.

A Alves sorri ao ver as roupas que ela, o irmão, o namorado e os amigos personalizaram a quatro anos, logo no lançamento do disco.

- Mas e as meninas? - ela pergunta com tristeza ao ver que só tinham recuperado duas camisetas. - Não se importam?

- Claro que não. - Aninha que estava terminando a maquiagem se vira para a amiga. - Nós pegamos Utopia, mas somos a era Mamonas Assassinas. - ela sorri.

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora