*Narrador
Cláudia arregala os olhos ao ver a cena e reprimi uma risada.
- Porra, vocês ficaram loucos? E se é o Dinho que entra por essa porta? - Sérgio pergunta irritado e Samuel coça a nuca nervoso.
- Relaxa amor, eles não estão fazendo nada demais. - Cláudia fala e pisca pra amiga. - Vai se trocar, pitchula.
- Me trocar? - Diana pergunta ainda meio atordoada e olha para baixo vendo que ainda estava de toalha. - Ah, claro... Me trocar.
- Desconfigurou a menina. - Cláudia fala rindo e indo atrás de Diana que havia seguido para o quarto.
- Vai me deixar sozinho com ele? Ele vai me matar. - Samuel grita da sala e Cláudia revira os olhos ao ouvir.
- Precisamos ter aquela conversa? - ela pergunta ao entrar no quarto e ver Diana abrindo o guarda-roupa.
- Que conversa? - Diana pergunta pegando um vestido preto e Cláudia cruza os braços. - Credo Clau, não é porque eu nunca transei que eu não sei como funciona as coisas. - ela resmunga e a amiga da de ombros.
- Sérgio tem razão, eu sei que você e o Sam estão com os hormônios a flor da pele, mas dá uma segurada pelo menos até o Dinho se acostumar com a ideia. - ela fala e Diana suspira.
- Nós não estávamos fazendo nada, estávamos cantando e dançando e aí quando eu me dei conta já estávamos... - ela deixa a frase no ar e Cláudia sorri.
- Vocês estão apaixonados e isso é normal, mas tomem cuidado. - ela se aproxima de Diana que já tinha colocado o vestido e arruma o mesmo. - Está linda.
- Obrigada. - ela agradece e penteia o cabelo rapidamente. - Imagino que devem estar bravos por conta da demora.
- Só um pouquinho. - ela fala e Diana da risada, a mesma coloca um salto não tão alto e sai do quarto. - A boneca está pronta, podemos ir.
Sérgio assente e se levanta, Samuel se vira e ao olhar Diana não consegue evitar o sorriso.
- Gostou? - ela pergunta dando uma voltinha e ele dá risada.
- Fez pra me provocar, não é? Esse vestido é meu. - ele fala puxando ela pela cintura e dando um selinho na mesma.
- Não é o vestido que você estava usando aquele dia, Sam? - Sérgio pergunta e ambos assentem. - Esta linda, pitchula. - ele fala e ela manda um beijinho no ar para ele. - Mas fica melhor no Sam.
- Eu concordo. - Cláudia fala abraçando o namorado de lado. - Podemos ir? Eu estou com fome e quanto mais cedo me arrumar, mais cedo vamos pra festa e mais cedo eu mato minha fome.
- Esfomeada. - Samuel fala e a cunhada da um murro no braço do mesmo. - E agressiva ainda, aliás, com que chave vocês entraram?
- Com a do Dinho, ele nos emprestou para vir buscar o carro. - Sérgio responde e os quatro saem da casa, Diana tranca o portão e entra no carro.
Em menos de quinze minutos já estavam em frente a casa dos Reoli.
- Não vou passar mais em casa, mas tem um vestido branco seu aqui, posso usar? - Cláudia pergunta e Diana assente.
- Claro, nem lembrava mais dele.
- Tem mais roupa sua aqui do que dos próprios moradores da casa. - Cláudia resmunga e Diana da risada. - Do Dinho também.
- Nós dormimos mais aqui do que em casa. - Diana se defende. - E vocês três nem tem moral para falar alguma coisa, abre o meu guarda-roupa e só tem roupa sua. - ela aponta para Cláudia. - E a parte do Dinho é cheia de roupas de vocês dois também.
- A verdade é que todos nós moramos juntos e em casas separadas. - Sérgio fala e eles dão risada.
- Eu vou tomar um banho e já volto. - Cláudia fala assim que entram na casa.
- Eu vou junto. - Sérgio fala e Samuel e Diana fazem careta. - Ah bonito, quando se trata de vocês dois não fazem careta, não é?
- Cala a boca, Sérgio. - Samuel resmunga e o mais velho da risada e segue para o banheiro.
- Estou cansada. - Diana fala se deitando ao lado de Samuel e com a cabeça em seu colo. - Eu ainda não acredito em tudo o que aconteceu em apenas sete dias. - ela fala e ele acaricia seu rosto.
- Eu também não, mas fico feliz com a reviravolta da vida. - ele sorri. - Nós éramos tão apegados um ao outro quando menores e do nada nos afastamos, Deus abençoe você por ter fugido de casa e ter ido na boate escondido.
- Bobo. - ela dá risada. - Estou feliz por tudo o que está acontecendo com você e com os meninos, vocês merecem isso e mais um pouco.
- O que está acontecendo comigo, com os meninos e com você e a Clau. - ele a corrige. - Não seríamos nada sem vocês duas.
Eles ouvem a porta do banheiro ser aberta e Diana se levanta a tempo de ver Cláudia correr para o quarto de toalha e Sérgio ir atrás dela.
- Liberado para você tomar banho, senhor. - ela avisa e Samuel se levanta.
- Eu não demoro. - ele fala e segue para o banheiro.
...
- Porra, demoraram hein. - Dinho resmunga ao ver os quatro amigos. - Foram fabricar o chuveiro?
- Para de encher o saco, Dinho. - Sérgio fala e olha ao redor, a casa dos Rasec estava cheia, mas nenhum sinal de Bento e Júlio.
- Cadê os dois cabeças de bagre? - Samuel pergunta e leva um tapa na cabeça de Bento que acabara de chegar.
- Cabeça de bagre é teu primo. - o japonês resmunga, ao seu lado estava um moça loira com um sorriso tímido no rosto. - Pessoal, essa é a Aninha e Aninha esse é o pessoal.
- Oi, Aninha. - Sérgio, Samuel e Dinho falam em uníssono.
- Olá. - sorrio para a mesma.
- Prazer, Aninha.
- Olá, pessoal. - ela sorri tímida.
- Esses são os cabeçudos da banda. - ele aponta para Sérgio, Dinho e Samuel. - Ainda falta um cabeçudinho, essa aqui é a mãe do grupo e namorada do cabeçudo ali. - ele aponta pra Cláudia. - E essa é a pitchula, minha irmã.
- Você tem mais irmãos? - Aninha pergunta assustada e ele dá risada.
- Essa aqui eu adotei. - ele responde.
Cláudia pega alguns copos e distribui aos meninos e para Diana e Aninha, logo ela enche todos com refrigerante.
- Então pessoal, eu queria ter apresentado ela antes. - Bento fala e a Aninha fica vermelha. - Eu e a Aninha estamos namorando.
Cláudia e Diana engasgam com o refrigerante e os cinco meninos encaram as duas apreensivos.
- Namorada? - Diana pergunta e ele assente. - Bom, prazer... Não pera, eu já falei isso. - ela fala nervosa e Sérgio da risada.
- Ficou nervosa, pitchula? - ele a provoca e ela chuta o mesmo.
- Cala a boca, Sérgio. - ela resmunga irritada.
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Escrito: 13.12.2023Postado: 08.01.2024
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Roman pour AdolescentsO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...