*Narrador
Já se passavam das dez horas da noite e os amigos caminhavam de volta para a casa, todo animados e conversando sobre a viagem que iriam fazer no dia seguinte.
- Vou chegar lá soltando um I'm Dinho. - Dinho fala de forma convencida e a namorada da risada.
- É a única coisa que vc sabe falar, amor. - ela fala e ele fecha a cara enquanto os outros dão risada.
Sérgio e Cláudia estavam afastados dos amigos, Cláudia caminhava encarando o chão e Sérgio suspira frustrado.
- Ela vai reparar. - ele fala chamando a atenção da namorada que o encara confusa. - Você não consegue disfarçar, Clau.
- Eu nunca menti para a Diana. - ela fala e para de andar, Sérgio para em frente a namorada e a segura pelos ombros. - Eu não sei o que aconteceu aquela noite, como ela foi parar no meio da rua? Por que eu deixei ela sozinha? E se ela tivesse... - ela deixa a frase no ar e desvia o rosto para evitar que o namorado veja seus olhos marejados.
- Você não pode ficar se torturando por isso, Clau. - ele segura o rosto da namorada com delicadeza e acaricia o mesmo, ela fecha os olhos e suspira ao sentir o carinho do namorado. - Poderia ter acontecido com qualquer um de nós, a culpa não foi sua.
- Eu não consigo parar de pensar sobre aquela noite, a boca dela está cortada, é como se algo tivesse a atingido no rosto. - ela fala e Sérgio assente.
- Ela deve ter caído e se machucado. - ele solta o rosto da namorada. - Me promete que vai parar de ficar remoendo esse assunto?
- Eu vou tentar. - ela força um sorriso e ele beija sua testa e segura sua mão. - Acha que ela ainda precisa de mim?
- Como assim? - ele pergunta confuso.
- Ela e a Valéria estão muito próximas e... - ela é interrompida pelo namorado.
- Amor, você está se ouvindo? Ela e a Valéria são cunhadas e amigas, você e a Diana são irmãs. - ele a abraça. - Ela não vive sem você e a conexão de vocês duas é muito grande para se apagar do nada.
- Você tem razão, talvez eu esteja exagerando. - ela suspira.
- Ô CASAL. - Bento grita chamando a atenção dos dois. - Vão ficar namorando ou vão vir embora com a gente?
- Deixa eles, Bento. - Aninha resmunga e dá um tapa no braço do namorado, fazendo Sérgio e Cláudia darem risada.
Eles alcançam os amigos e em poucos minutos chegam em casa, Cláudia abre a porta da sala e faz sinal de silêncio para os amigos ao ver Diana e Samuel dormindo. A televisão estava ligada e ambos estavam deitados no sofá, Diana dormia com a cabeça no peito do namorado e ele a abraça, a coberta estava no chão e na mesinha estava a xícara que Dinho tinha levado com leite para a irmã e uma caixinha vazia de lenços.
- Eles vão acordar quebrados, é melhor chamarmos eles. - Sérgio fala e a namorada assente, ela se aproxima e quando vai encostar na amiga, Diana arregala os olhos e segura a mão de Cláudia com força.
- NÃO! - ela grita e Samuel acorda assustado.
- Hey, Di. - Sérgio fala parando ao lado da namorada. - Somos nós, relaxa. - ele fala e Diana solta a amiga ainda meio atordoada e se levanta.
Cláudia encara a vermelhidão em seu pulso, ela não imaginava que Diana tinha essa força. Os presentes observam a cena confusos, Samuel se levanta e pega a coberta que estava no chão.
- Faz tempo que chegaram? - ele pergunta e Bento nega.
- Acabamos de entrar. - ele responde o amigo. - Família, vou subir porque amanhã acordamos cedo e eu ainda nem fiz a minha mala.
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Roman pour AdolescentsO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...