*Narrador
Diana estava sentada na cama e nervosa, ela suspira frustrada e passa a mão pelo cabelo, o amarrando pela milésima vez. Eles já tinham dormido juntos antes e ela não conseguia entender o motivo desse nervosismo todo.
A porta do banheiro é aberta e Samuel passa por ela, ele vestia uma bermuda preta e estava sem camiseta.
- Eu precisava desse banho, já estava vencido a horas e você não me falou nada.
- Claro que não, você sempre esta com um cheiro bom. - Diana fala e sorri para o mesmo, ela usava uma camiseta de Dinho que batia em suas coxas.
- Pode trocar essa camiseta. - ele fala e ela o encara confusa. - Não quero dormir sentindo o cheiro do seu irmão.
Diana da risada e observa o mesmo ir até a mochila e pegar uma camiseta azul, ele entrega para ela e sorri. A mesma pega a camiseta e segue para o banheiro tirando a de Dinho e vestindo a de Samuel, ao voltar para o quarto ele já estava deitado na cama e brigava com o controle do ar condicionado.
- Precisa de ajuda? - ela pergunta colocando a camiseta de Dinho sobre a mesinha de cabeceira e se aproximando do garoto, ela pega o controle de sua mão e coloca o ar condicionado no vinte e dois.
- Agora sim, eu estava quase morrendo de calor. - ele resmunga e ela se senta ao seu lado, Samuel a observa por alguns segundos e se senta também. - O que você tem? Por que está nervosa?
- Eu? Nervosa? Eu não estou nervosa.
- Se eu não te conhecesse a quase dez anos iria acreditar nessa mentira. - ele fala cruzando os braços e ela suspira.
- Sam, você não espera que... Bem, nós façamos aquelas coisas e... - ela fala nervosa e Samuel a interrompe com uma risada.
- É com isso que você está preocupada? - ele pergunta e ela assente. - Não cai na pilha deles, não vamos fazer nada se você não quiser. - ele acaricia o rosto da mesma.
- Não é que eu não queira, eu só... - ela engole em seco. - Eu nunca fiz nada e eu não sei se estou pronta.
- Eu não me importo com isso, Diana. - ele segura o rosto da mesma com delicadeza. - Vamos fazer algo quando você quiser fazer algo, eu nunca vou te pressionar com isso, fica tranquila.
- Obrigada. - ela sorri e se inclina, selando os lábios do garoto.
- Vem cá. - ele se deita e a puxa para que a mesma deite em seu peito, ela se encolhe contra o seu corpo e ele acaricia seu cabelo. Quando o mesmo percebe que a respiração de Diana estava tranquila e que ela estava dormindo, ele não consegue evitar de beijar sua testa e sorrir. - Eu amo você.
Sexta-feira - 12 de junho de 1995.
Diana e Samuel acordam com o telefone do quarto tocando sem parar, o relógio ao lado da cama marcavam oito e quinze da manhã.
- Eu não quero sair daqui, está tão gostoso. - Diana resmunga ainda de olhos fechados e Samuel suspira, quando ele vai levantar ela o impede. - Isso significa que você também não vai sair daqui. - ela fala e tem como resposta a risada do rapaz.
- Precisamos atender, Di. - ele acaricia o rosto dela, fazendo a mesma suspirar. - E se for algo importante?
- Eles arrombam a porta. - ela resmunga e em menos de um segundo os dois escutam um estrondo gigante, eles pulam da cama e Diana leva a mão até o peito. - Porra, não literalmente.
- Vão abrir não, porra? - Dinho pergunta do outro lado da porta e Sam revira os olhos, ele segue até a porta e abre a mesma e logo atende o telefone.
- Alô.
- Sam? Porra, pensei que estivesse hibernando. - Sérgio resmunga do outro lado da linha. - Nós precisamos ir embora, cara, acelera aí.
Ele não consegue responder já que o irmão desliga em sua cara. Dinho troca olhares entre Diana e Samuel sem parar.
- O que foi, Alecsander? - Diana pergunta irritada e ele sorri.
- Não transaram, até porque quem transa não acorda em um mau humor desse. - ele fala e Diana joga um travesseiro na cara do mesmo. - Bora galera, precisamos ir embora.
- Por que essa pressa toda? - Samuel pergunta e Dinho pega a mochila do mesmo e joga no peito dele.
- É aniversário da Paula e nós combinamos de cantar na festinha, esqueceram? - ele pergunta e Samuel arregala os olhos e corre em direção ao banheiro.
- Eu queria dormir mais. - Diana fala enfiando o rosto no travesseiro.
- Chegando em casa você dorme mais, pitchula. - Dinho se aproxima da mesma e acaricia seus cabelos.
- 'Tô falando que ele é todo amorzinho com a irmã. - eles ouvem a voz de Cláudia e se viram vendo ela, Sérgio, Júlio e Bento parados na porta do quarto. - Só comigo que ele é uma praga.
- Vocês precisam aprender a fechar a porta do quarto. - Sérgio da risada.
- Pode soltar a minha namorada? - Samuel pergunta ao sair do banheiro.
- Ela é minha irmã antes de ser sua namorada, ô nareba gigante. - Dinho resmunga e Diana se levanta.
- Eita. - Júlio fala e vira de costas, Bento faz o mesmo.
- O que foi isso? - Diana pergunta confusa e Cláudia da risada e aponta pra mesma, ela olha para baixo e vê que só estava usando a camiseta de Samuel, mas a camiseta cobria tudo e parava em suas coxas, um pouco acima dos joelhos. - É sério isso? São só pernas e vocês já me viram assim antes.
- Pernas comprometidas. - Júlio fala e ela revira os olhos, a mesma pega a mochila e segue para dentro do banheiro.
Escova os dentes rapidamente e se troca, sabendo que se parasse pra tomar banho os seis lá fora iriam infartar.
- Vamos? - ela pergunta ao sair do banheiro.
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Escrito: 11.12.2023
Postado: 06.01.2024
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Teen FictionO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...