*15*

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*Narrador

Diana segurava Cláudia pelos braços enquanto a amiga gritava horrores e ameaçava ir pra cima de Estela que tinha um sorriso debochado no rosto.

- Eu vou fazer você engolir esse sorriso junto com os dentes que eu vou quebrar no murro, sua vaca. - Cláudia xinga.

- Aceitem que foram demitidas e vazem daqui. - Estela fala ainda com o sorriso no rosto. - Que feio, as duas roubando da loja.

- Você que colocou isso nos nossos armários, eu tenho certeza. - Diana fala e Estela da de ombros.

- Eu nunca faria isso, falando assim você até me ofende. - a ruiva leva a mão até o peito, fazendo drama. - Não sei porque roubou aquele top, aquilo não entra nem em uma coxa sua, Diana. - ela dá risada.

Diana solta Cláudia e se aproxima do balcão onde Estela estava.

- Eu vou sair e vou sair de cabeça erguida, porque sei que não fiz nada de errado. - ela fala e Estela revira os olhos. - Mas você ainda vai vir atrás de nós, vai precisar de algo e vai nos pedir ajuda e eu? Eu vou te ajudar, Estela, com o maior prazer do mundo.

- Fica esperta, garota. - Cláudia fala irritada, ambas saem da loja e a mais velha respira fundo. Tirando a blusa de frio e caminhando pela rua, Diana segue a mesma e as duas caminham até a casa de Sérgio e Samuel.

Após vinte minutos de caminhada, elas finalmente chegam na casa. Ambas seguem direto para a locadora e Samuel as encara confuso, ele olha para o relógio na parede que marcava oito e meia da manhã e depois olha para elas.

- O que aconteceu? - ele pergunta e Diana suspira, já esperando o surto da amiga.

- O que aconteceu é que aquela vagabunda armou pra gente e essa daqui não me deixou quebrar a cara dela.

- Você iria perder a sua razão batendo nela, Cláudia. - Diana fala e a amiga revira os olhos.

- Eu perderia a razão e ela os dentes.

- O que aconteceu? - Sérgio repete a pergunta do irmão ao entrar na locadora e ver as duas.

- Uma vagabunda armou pra elas e Diana não deixou a Cláudia bater na vagabunda, porque a Cláudia perderia a razão e a vagabunda os dentes. - Samuel fala e as duas o encaram irritadas, ele levanta as mãos em rendição. - Foi mal.

- Já tem um tempo que algumas peças da loja estavam sumindo e hoje de manhã o dono encontrou algumas peças no meu armário e no de Cláudia, justo hoje que Estela entrou mais cedo. - Diana começa a explicar. - Chegamos lá e o dono nos mandou embora e disse para voltarmos hoje mesmo e pegarmos o nosso acerto.

- Relaxa, vai dar tudo certo. - Sérgio fala abraçando a namorada. - Nós vamos dar um jeito.

Samuel e Diana trocam olhares, eles sabiam que Cláudia e Sérgio estavam planejando de morar juntos e cada centavo era importante, sem contar no disco que a banda sonhava em gravar.

- Vocês podem ir com a gente? Pegar o nosso acerto. - Diana pergunta e eles assentem. - Eu quase que não consigo segurar ela, estava esperando a hora que iria apanhar eu e a Estela. - ela resmunga e a amiga da risada.

...

Os quatro entram na loja e Estela revira os olhos quando os vê.

- Marco, elas chegaram. - a mulher fala de forma desinteressada. - Pode subir, mas só as duas.

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora