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*Diana

Segunda-feira - 05 de julho

17h15 P.M

Reviro os olhos quando o Dinho para ao lado do sofá, ele me encara com um sorriso enorme e eu me levanto irritada.

- Você disse que iria tomar um banho e ficou duas horas no chuveiro. - resmungo e ele da de ombros.

- Vamos logo, reclamona. - ele gira a chave do carro no dedo e me puxa pelo braço.

Saímos de casa e damos de cara com a nossa mãe com algumas sacolas.

- Bom dia, mamãe. - Dinho fala pegando as sacolas da mesma e minha mãe da risada.

- Já é quase boa noite, meu filho. - ela fala e Dinho revira os olhos.

- Ainda não são nem quatro horas da tarde. - ele resmunga entrando em casa novamente com as sacolas.

- Vão sair? - minha mãe pergunta e eu assinto.

- Os meninos tem ensaio. - respondo e ela suspira.

- Então devo imaginar que vão jantar fora? - ela pergunta em um tom de voz meio chateado e novamente eu sinto aquela dor no peito.

- Não, vamos jantar em casa. - Dinho fala saindo de casa novamente e parando em frente ao portão. - Hoje nós vamos jantar em casa, mãe.

O sorriso que a minha mãe deu aqueceu meu coração e Dinho aperta a minha mão, com certeza sentindo o mesmo que eu.

- Então vou fazer a comida favorita de vocês.

- Carne moída com batata? - eu e meu irmão perguntamos em uníssono e ela assente.

- É por isso que eu te amo. - Dinho fala puxando minha mãe e abraçando a mesma. - Antes das oito nós estamos em casa.

- Certo, se cuidem. - ela fala e eu abraço a mesma. - Amo vocês.

- Também amo você, mãe. - sorrio para a mesma e entro no carro.

Dinho acena para minha mãe e manda um beijo no ar, ele espera ela entrar e fechar o portão para entrar no carro e dar a partida.

- Ahn... Diana? - ele me chama após alguns minutos em silêncio. O mesmo para em um sinal vermelho e eu me viro para o encarar. - Eu não sei se você sabe... Não sei se a mamãe já conversou com você sobre e... - interrompo o mesmo ao ver ele coçar a nuca nervoso.

- Ih, o que você quer falar? - pergunto receosa.

Dinho só coçava a nuca quando estava nervoso e desde o meu aniversário ele estava ensaiando para me dizer algo e nunca falava nada.

- Você e o Sam... - ele respira fundo. - Olha, eu não sei como falar isso de uma forma gentil, então vou ser direto.

- Você está me deixando nervosa, Dinho.

O sinal abre e ele dá a partida, viramos em uma curva e ele suspira.

- Você e o Sam estão namorando e bem... Eu sabia que uma hora ou outra vocês iriam transar, eu só quero saber se estão se cuidando. - olho para o meu irmão e seguro a risada. - Qual a graça?

Eu e Dinho sempre tivemos muita intimidade e eu sempre recorria a ele quando as coisas aconteciam, quando eu me metia em problemas ou ficava doente, ele sempre foi o primeiro a quem eu procurava para tudo. Apesar de ser um palhaço as vinte e quatro horas dos sete dias que temos na semana, ele sempre foi um irmão muito preocupado e eu sabia que um dia essa conversa iria chegar.

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora